quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Ela e Ele

Eles sabiam exatamente quem eram. Muito parecidos, era como se olhassem para si quando miravam nos olhos um do outro.
Quando estavam juntos, sozinhos, conversavam por horas, riam e se entendiam, porque sentiam quase as mesmas coisas em relação às pessoas, ao mundo...
Tudo mudava quando tinha mais alguém por perto. Ele se transformava em alguém fútil e irritante.
Ela entendia a necessidade dele de mostrar um lado que julgava ser forte para as pessoas; ela também a sentia, mas tinha optado por ver e ser além das aparências. Algumas atitudes dele, nesse estado, a magoavam, mas a sinceridade que tinham a sós a faziam relevar.
O problema foi quando ela decidiu que queria passar, de fato, um tempo com ele. Seriam alguns meses, prazo de validade; se divertiriam e só.
Conversaram e ela não via o que podia haver de errado no plano. Eles seriam eles, juntos. Na frente dos outros, ele poderia continuar com seu alter ego.
Foi aí que veio a decepção. Como aquela pessoa tão boa poderia fazer aquilo, tão cruel e covardemente? Ele escolheu. Escolheu a imagem à essência.
Naquele dia ela percebeu que não importa quem a pessoa é por dentro, mas quem ela ESCOLHE ser.
Ele escolheu aquele ser estereotipado que não agradava a quase ninguém. E ainda continua fugindo de si.
Ela? Bom, agora isso não é mais problema dela.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Peça: Boca de Ouro

Oies.
Gostaria de convidá-los para mais uma peça minha. 
"Boca de Ouro", do grande Nelson Rodrigues.
A peça será encenada no Teatro do ETA (Rua Major Diogo, 547 - Bela Vista - São Paulo - SP) nos dias 04 e 11/12/2010, sábados, às 19h.
Os ingressos custam R$15,00 - valor já correspondente à meia-entrada para estudantes - e podem ser adquiridos comigo pelo e-mail bocadeouroeta@yahoo.com.br

"Boca de Ouro" conta a história de um lendário bicheiro carioca que tem todos os dentes de ouro.
Após seu assassinato, sua ex-amante conta diversas histórias sobre o "Drácula de Madureira", um dos nomes  pelo qual é conhecido.
Nelson nos mostra a realidade, mas sempre com o tom mítico característico de suas obras.