terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Nelson Rodrigues

Hoje faz 30 anos que o Brasil perdeu um dos seus maiores dramaturgos: Nelson Rodrigues.
Ele, e posso dizer isso de poucos, é meu ídolo.
Eu lembro de quando passava "A vida como ela é" na TV, eu tinha por volta de 8 anos de idade e tinha que dormir cedo, mas arrumava mil desculpas para poder assistir aos contos.
Lembro de sentir sono, lembrar que teria "A vida" e dizer a mim mesma: "Fica acordada, já vai começar".
Nelson, dizem, você ama ou odeia.
Acho incrível o fascínio que ele provoca. Suas peças, criadas para o teatro, sua estética brilhante.
Desde a primeira frase ouvida em suas peças ou a palavra lida, nos transportamos para o mundo que ele quer.
Independente de moralismos, vivemos os dramas daqueles personagens.
Para mim, é o que significa ser um autor completo.
Cada rubrica em Valsa n.6 tem um valor imenso. A estética de Vestido de Noiva é entorpecente. E Senhora dos Afogados nos faz pensar, deixando-nos com aquela pulga atrás da orelha.
E tantas outras peças, e tantos outros contos...
Podemos escolher se faremos uma leitura crítica de suas obras ou não - você pode não entendê-las e "deixar pra lá", mas tocado você será: é impossível não senti-las.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

[Post's Arquivo] [2]

C'est fini.
Pronto. Agora todos os post's de lá estão aqui. (acho)
Voltemos à programação normal. (Que eu espero ser mais frequente ;))

sábado, 11 de dezembro de 2010

[Post Arquivo] Amigos

[Publicado originalmente em 07 de outubro de 2009, às 21:54, em (...) os nossos dias serão pra sempre (...)]

Amigos

Dizem que convivemos, nessa vida, com as pessoas com quem já convivíamos em outras vidas.
Não sei.
Eu sei que passam muitas pessoas, algumas ficam no coração, e outras, não.
Meus amigos são tão essenciais para mim; fazem parte do meu caráter.
Com eles aprendi que não sou um monstro cheio de defeitos e, ainda bem, tampouco uma princesinha perfeita.
Aprendi a ver o mundo a partir de outros pontos-de-vista, às vezes só pela observação de um sorriso.
Aprendi que muitas coisas largamente criticadas na mídia, no tal "mundo convencional" que teimam em querer que a gente acredite que exista, é completamente perdoável se vem de alguém que você ama, que você respeita pelo que é. E principalmente aquelas pessoas que a gente não consegue descrever em palavras. Ou fazemos depoimentos, cartas e posts imensos e mesmo assim sentimos que não falamos tudo ou não conseguimos traduzir.
Amor.
E cada um segue o seu caminho, e a lembrança do tempo que passamos juntos nessa vida fica pra sempre guardada. A vontade de se ver no próximo fds, de visitar, se transforma na esperança de um dia ainda nos vermos, e, claro, rirmos muito.
Ainda bem que internet existe, ou talvez eu não teria saído de Limeira. Perder o contato pra sempre? NÃO.
Nem que seja ver uma foto de "online" no orkut, para sorrirmos e vermos que não estamos sozinhos no mundo.
Ainda que não nos falemos tanto.
O amor existe dentro da gente.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

[Post Arquivo] Navio

[Publicado originalmente em 11 de fevereiro de 2009, às 13:51, em (...) os nossos dias serão pra sempre (...)]


Dentro do navio, ouvi o primeiro estrondo.
Na verdade, já estava andando pela proa.
Pensei: "Não há de ser nada".
Veio o segundo, o terceiro...
A infinita esperança ainda reinando.
Não pulei antes de ver o primeiro furo no casco, porém, não esperei pelo naufrágio.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

[Post Arquivo] 1 ano e 16 dias.

[Publicado originalmente em 21 de janeiro de 2009, às 12:46, em (...) os nossos dias serão pra sempre (...)]

1 ano e 16 dias.

É.
Mais de um ano já.
Que eu pus em prática o desejo que tinha desde criança. Que fiz a escolha de deixar pra trás 19 anos e meio de conquistas e mais algumas coisas.
Vim ao encontro do que imaginava e encontrei muito mais.
Aconteceram coisas muito diferentes, novas, algumas iguais.
Nesse 1 ano, tive medo algumas vezes. Chorei, me defendi.
Mas fui feliz.
Não só porque fui atrás da minha felicidade todos os dias, mas porque me recusei a ser infeliz.
Como estaria minha vida se eu tivesse ficado?
Não sei, mas tive uma prévia.
Como está agora?
Melhor do que nunca. Pq eu aprendi muito com meus erros, e principalmente com o tanto de coisas que eu imaginava serem acertos.
Com certeza posso dizer que sou uma mulher muito mais madura, mas muuuito longe de sua arte-final.
Sempre aprendendo, mas nunca recomeçando. Sempre começando coisas novas.
O que passou, passou, e o que importa é o momento agora.
As novas pessoas, as novas coisas.
Conheci pessoas muito legais, sinto saudade de algumas antigas.
Mas estou em alto-mar e não quero mais saber de praia!
E a agenda, realmente, ficou para trás.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

[Post Arquivo] Princesinha Rosa

[Publicado originalmente em 17 de setembro de 2008, às 13:55, em (...) os nossos dias serão pra sempre (...)]

A princesinha rosa, perfeitinha, viu o seu castelo desmoronar.

Muitas coisas estranhas têm se tornado normais...
Antigos segredos, coisas naturais.
Certezas induvidáveis, hoje, areia movediça.
Viver longe de pessoas amigas não é tão fácil quanto parecia.
Me vejo mais fraca do que pensava.
Me descubro mais forte do que imagino.
A princesinha rosa, perfeitinha, viu o seu castelo desmoronar.
Mas eu sou teimosa, não desisto fácil, nem tão fácil, nem tão difícil.
Ajo, reajo.
Fico invisível de vez em quando.
Me perco nos meus medos.
Ressurjo do infinito.
Mergulho, procuro, invisto, confio no destino. Faço meu destino.
Ando, brinco, canto, rio, até danço.
Perdôo, descubro meus erros, recomeço.
Me distraio.
Vivo, fujo do perigo, para o perigo, faço minha arte.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

[Post Arquivo] Eu aprendi...

[Publicado originalmente em 24 de junho de 2008, às 13:36, em (...) os nossos dias serão pra sempre (...)]

Eu aprendi...

Eu aprendi que não são os primeiros:
primeiro beijo, primeiro amor, primeiro namorado...
que são os mais importantes.
Os mais importantes são os mais especiais.
O beijo mais perfeito, o cara mais legal, a sensação mais gostosa.
Aprendi que o que mais importa não é a duração de alguma coisa, mas a intensidade com que acontece.
(Você pode passar anos com uma pessoa e sentir algo especial em um só dia – com outra pessoa – e esse dia, sim, ser especial).
Aprendi que não importa quem fomos ou o que aconteceu ontem.
O que importa é o momento agora.
Aprendi que por mais que passe o tempo e que até vivenciemos algumas coisas na prática, podemos simplesmente não entendê-las.
Aprendi que não adianta você ser “perfeito”: ninguém te ama mais ou menos por isso.
Aprendi que o que nos faz melhores ou piores é nossa felicidade, o jeito como superamos obstáculos, e não uma coisa ou outra qualquer.
Aprendi ainda que a medida que diz se estamos melhores ou não, é a comparação com nós mesmos, e não com os outros.
Aprendi que quem ganha uma briga é quem tem mais amor, e não quem tem mais ódio.
Aprendi que a vida só é vida quando nós amamos à nós mesmos verdadeiramente – com nossos defeitos e qualidades, sem máscaras – porque só assim podemos fazer o que Ele nos ensinou:
“Amai a teu próximo como a ti mesmo”

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

[Post Arquivo] Poema.

[Publicado originalmente em 27 de abril de 2008, às 15:20, em (...) os nossos dias serão pra sempre (...)]


Eu venho amando,
Amando eu venho,
Do inexpressivo, chorando,
Inexpressando o sentimento.
Pôr-do-sol, mar, vento...
Nesse grande mistério de viver e amar a contento.

domingo, 5 de dezembro de 2010

[Post Arquivo] Menina, agenda.

[Publicado originalmente em 12 de abril de 2008, às 16:12, em (...) os nossos dias serão pra sempre (...)]


Eu ainda sou a menina que escreve na agenda...

Tanta coisa têm acontecido; tantas mudanças, lampejos, relâmpagos, trovões, chuvas e calmarias.
A cada detalhe que reparo em mim, percebo uma falha significante: a de modelos. Eu estou sempre a comparar alguma coisa. Sempre a partir de um pressuposto que, às vezes, só existe dentro de mim.
Pode ser mania de controlar, insegurança, medo, criancice ou acaso.
Pode ser que desaprendi a me surpreender, o que remete à um dos últimos posts no meu blog, sobre apatia.
Pensando em postar aqui, li a frase do começo, do Jostein. De fato, é foda, mesmo, tentar entender-nos.
Bom, como diz o título, eu descobri que ainda sou a menina. Tentando deixar de ser, em partes, sim.
Mas ainda tento buscar estes tais ideais, ainda fantasio, ainda sonho, ainda sofro. Ou não.
Ainda me apego a coisas que me parecem estranhas.
Pelo menos, ainda vivo. E tento deixar viver uma pessoa dentro de mim. Uma criança que não sei se é certo deixar. Eu mesma.
Ninguém explica o quanto é difícil crescer e o quanto é difícil mudar tendo que continuar sendo a mesma pessoa, né?
Pois é.
Ainda a menina, tentando ser a mulher.

[Post Arquivo] Presente...

[Publicado originalmente em 09 de março de 2008, às 15:46, em (...) os nossos dias serão pra sempre (...)]

Presente...

Foi assim que eu recebi um e-mail dizendo: Você foi convidado a contribuir com o blog de Stanley Alexander. Recebi como um presente. Eu precisava tanto falar!
Tanta coisa mudou. Em especial, dentro de mim. A cada dia que passa, eu me aproximo e me afasto.
A cada dia eu valorizo e amo mais. A cada dia um sentimento chamado saudade, aumenta.
Aqui é lindo, é perfeito, é a minha vida. E me pergunto porque a vida de vocês tem que ser aí e a minha aqui.
A cada conquista, a cada vez que saio, que me divirto, inevitavelmente, eu penso: o Stanley adoraria esse lugar. Nossa, o Laio, com certeza, ia fazer tal coisa. Se o Wagner estivesse aqui... Onde será que tá o Fael? E o Ju? Nossa, a Carol ia curtir isso. Que droga, pq a Mariane não está aqui? E por aí vai.... Com 'n' pessoas e situações.
Quando penso assim, lembro daquele texto que fala que existem amigos de 'uma vida inteira', de 'uma estação' e 'por uma razão' (qq dia eu posto ele aqui). E entendo que vocês são a mistura de tudo isso. Que nosso caminho 'juntos' se diversificou, mas que sempre estaremos na vida um do outro, porque "tudo o que vivemos juntos, nunca vai mudar".
Como eu disse, eu mudei. Mudei tanto que até arriscaria dizer que vocês quase não me reconheceriam. Aprendi, percebi tanta coisa! E, claro, continuo aprendendo.
Vocês me ensinam mesmo de longe, me animam mesmo que só através de uma tela.
Tantos conceitos, conselhos, experiências, medos revistos.
Tan, você faz tanta falta! Queria muito conseguir falar com vc por telepatia! Íamos rir tanto.
ahiuoehiueahiueahoiaeea
Tá, a idéia não era bem o post ficar assim, mas ficou, fazer o quê?
Ameeei esse blog e pretendo postar sempre que eu entrar na net (o que significa quase uma vez por mês) - meu neopet só não morreu pq o coloquei no hotel. ahueiohueaihueahoeaiae


Entããooo, é isso.
Amo vocês muito. Adorei os colaboradores!
x)~
Fiquem com Deus, xuxus, e até o próximo post, que eu prometo ser mais legal!

[Post's Arquivo]

Eu sou colaboradora do blog (...) os nossos dias serão pra sempre (...), junto com meus amigos.
Não posto lá há muito mais tempo que não posto aqui (Viu como eu não sou tão relapsa com esse blog? hahaha #Fail).
Bom, vendo meus post's de lá, me deu vontade de postá-los aqui, então hoje começa minha série de "Post's Arquivo".
Um por dia.
Valendo!

PS: Os Post's estão programados, então eu GARANTO que terá um novo por dia! :D