quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

O "ser inteligente".

É mais ou menos assim que funciona o "ser inteligente", na nossa sociedade: (Troque a palavra "travesseiro" por qualquer assunto: Guerra, fome, literatura... qualquer um, e o texto continua fazendo sentido.)

Um travesseiro. Ele tem um significado 'x' para 70% das pessoas. Você pode ter nascido em uma família que considere isso, mas para ser considerado inteligente, você vai precisar:
Saber o que cada uma das pessoas dos 30% consideram, a história por trás disso, tudo que foi manipulado, e como aquilo te toca.
Então você tem duas opções: escolher um dos significados existente no grupo dos 30 ou não ter nenhum (porque desacreditar do mundo tá na moda).
Não se esqueça de ver SÓ os pontos negativos da consideração dos 70%, sempre achar muito banal e "coisa da massa".

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Coisas...

- Eu não gosto de certas atitudes suas, é isso.
- Eu mudo. O que é?
- Eu não quero que você mude. É melhor você encontrar alguém que goste de você como você é. Se mudar pra ser "quem eu quero", você não vai gostar de você.
-Eu também não vou gostar de mim sem você.

sábado, 20 de julho de 2013

Competitividade ou "Ter ou não ter"

Aonde o Homem aprendeu a se comparar tanto com o outro?


O stress, chamado de "mal do século", a depressão e todas essas doenças psicológicas "modernas" tem sido objeto de vários estudos e, algumas vezes, conteúdo de conversas de bar.
Pois bem, vivemos um colapso entre tudo o que conseguimos tecnologicamente  (a rapidez de nossa evolução da metade do século passado para esse) versus tradicionais burocracias e manias criadas antes de 1950.

Uma breve explicação da minha opinião em relação à educação/mentalidade humana:
- Em termos de cotidiano e educação/crenças morais, vejo este padrão:
     Fui ensinada pelos valores de alguém que nasceu em 1960, que recebeu os valores de quem nasceu em 1933, esta de 1912, de 1890, 1870 e por aí vai...
Puxando os anos, sabemos que os valores de 1500 até 1890 não mudaram tanto assim, ou em velocidade MUITO MENOR do que mudaram de 1960 pra cá.
Logo, seguimos como base, querendo ou não, os valores de 1500, ainda.
- Fim da explicação -

Acontece que as correntes sociais - capitalismo, socialismo, comunismo - trouxeram a COMPETITIVIDADE humana para o primeiro plano.
Tudo é uma comparação entre o que um tem e o que "falta" no outro.
"Eu sou mais inteligente"/"Te falta inteligência"
"Tenho mais dinheiro"/"Te falta condições"/"Você tem limitações para adquirir objetos"
E até as absurdas competitividades preconceituosas, em relação a negros e homossexuais, como se a pessoa que não "tem essa característica" fosse, de alguma forma, superior a eles.

Não, não é nenhuma novidade essa mania de querer ser superior.
A Bíblia é um livro com histórias para te dizer que você é superior se for bom e tiver caráter.
(Apesar de que eu acho que, se você é bom porque isso te faz melhor que os outros, você não é bom, é apenas egocentrado).

Mas eu acho que hoje em dia isso se generalizou tanto, numa busca por serem "um tipo" de ser humano, que acabou gerando o stress e a depressão na escala em que estão.

"Ter ou não ter", essa é a questão?
Pessoas escravizadas à ideia de que o que lhe "falta" determina seu fracasso na vida.
Mas FALTA mesmo? É um vazio, uma necessidade? Uma parte da pessoa?
Acreditar nisso é dizer que a pessoa só existe em sua plenitude se tiver tal objeto.
Objetos estes que mudam de semana para semana, com os lançamentos - óculos, TV's, carros, celulares...

Somos mais.
Somos alma, dança,
Somos nosso ritmo, o brilho no olhar quando vemos a pessoa amada,
Somos a batida do nosso coração.

Ora, se todos os objetos do mundo sumissem e voltássemos a morar na natureza, ainda existiríamos. Ou não!?
E o que importa nos humanos não é o que lhes "falta" ou o que quer que tenham, mas quem SOMOS!

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Vazio



Esse vazio às vezes dói.
Ora cria, ora destrói.
É triste, às vezes, em tardes bonitas e ensolaradas.
Em dias cinzas, porém, colocar, pode, notas cantadas.

Nasci  assim,
Com esse vazio dentro de mim.
Tal como uma folha em branco,
Onde é possível desenhar e pintar,
Letras colocar e uma música soar...
É possível amassá-lo, apagar,
Colocar sentimentos e, num palco, encenar.
É um buraco-negro com eco;
Suga, tritura, cria, joga, reproduz.
Ora negro, ora luz.
Cria e destrói.
Mas por ser vazio, às vezes, dói.

quinta-feira, 28 de março de 2013

Claro e escuro; bem e mal.

       Ontem eu estava no salão, fazendo hidratação no cabelo, quando um homem entrou com uma criança no colo. A mãe estava cuidando dos cabelos também.
A menina era a coisa mais linda e, com seus 10 meses, tentava andar de um lado para o outro. O pai ora a segurava pela mãozinha, ora apenas o capuz, com cuidado para que a pequena aprendesse a andar sem se machucar.

Esses dias eu me lembrei da frase de um filósofo (não lembro qual), que disse: "Sem sofrimento não há compaixão".
As pessoas, no geral, se compadecem mais de pessoas que passam pelas mesmas situações; não raro menosprezando sentimentos que nunca viveram.

Esperando o tempo passar e observando aquela cena de pai e filha, essa frase fez um novo sentido: se não fosse a possibilidade da menina machucar-se, o pai não estaria ali, cuidando dela. Se todos fôssemos imortais, alimentação desnecessária e mal nenhum corrêssemos, quais as relações que os Homens realmente criariam?
Viveríamos plenamente o egoísmo, sem essa parte que nos faz tão frágeis?
Não existiria a busca pela aprovação do outro, a fome de competição. O que exatamente faríamos no mundo, quais profissões existiriam?
Medicina com certeza, não, pois não existiriam as doenças. As ciências? Não teríamos essa necessidade de saber de onde viemos ou para onde vamos, já que teríamos a certeza da imortalidade.
E as artes? Não precisaríamos de música para nos alegrarmos, literatura pra nos distrair, tão poucas coisas a contestar. Não teríamos um vazio do qual fugir ou tentar expressar.
A imortalidade seria um erro.
Claro e escuro, necessários.

domingo, 3 de março de 2013

Conversa sobre SP

Aí ele virou pra mim e disse:
- Todo mundo tá sempre ocupado, chego em casa tarde, não dá tempo e nem vontade de sair; me sinto sozinho, o custa de vida é alto... Não tive qualidade de vida nenhuma em SP.
E eu ri, ri dessa descrição perfeita da minha rotina, da rotina dessa cidade. Uma risada com um fundo triste, que você olha para as palmas das suas mãos e pensa: "É mesmo, onde fui amarrar meu bode?"
Talvez qualidade de vida também seja algo relativo, porque, apesar de eu considerar esses itens  como opositores dela, eu não quero largar tudo isso...
Acho que a maior qualidade de vida é a liberdade, e aqui eu me sinto assim. Liberdade de trabalhar no que quero, de estudar, oportunidades...
Meu coração tem as imagens de cada sorriso dos amigos daqui, há lembranças de tantas histórias, há vislumbres de começos de novas, há solo fértil para tantas coisas, que não tem como não amar essa cidade...

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Amar um pouco...

"Amigos pra sempre" é a frase mais dita na adolescência. "Nada no mundo irá nos separar" e "Te amo pra sempre" também...
A vontade é  genuína, mas depois a gente descobre que não é bem assim...
Eu vejo alguns "amigos" passados e sinto falta de amá-los. Sinto falta daquilo que tínhamos, mas que não cabe mais na minha vida.
Era doce, real, mas não é mais. Não há mais amor.
E é um bocado estranho não amar.
E também, hoje em dia, é mais difícil fazê-lo. Talvez por já termos sacado que pode não ser pra sempre, e ficamos mais receosos. Apesar de ser uma besteira recear.


P.S.: Alguns eu ainda amo e ouso dizer que será pra sempre.