segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Violeta



"Caracteres angélicos como o do artista sabem e podem amar não com
esse amor sensual e grosseiro, cheio de desejos, que estiolam o coração e os
sentidos dos filhos das grandes capitais, mas com essa fragrância singela,
comparável ao perfume da violeta e que se pode chamar afeto, religião ou
mesmo fanatismo. Não a amava ele porque a desejasse, senão porque a
sentisse em toda a sua individualidade; nele tudo se poderia extinguir,
menos esse sentimento, que o acompanhava como uma qualidade inerente à
sua matéria." 


(Uma Lágrima de Mulher - Aluísio Azevedo)

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Palavras...

Eu queria postar aqui.
Com todas as letras, acentos e ponto final.
Dizer cada uma das coisas. O que me levou a tudo, o que quis no meio, o que desejei e o que mudou.
Eu tenho essa mania de dissertar, sempre acho que a verdade nos leva adiante, muito mais do que encher de firulas momentos efêmeros.
Por mais que eu já tenha dissertado em todas as janelas de msn ainda confiáveis; meus dedos coçam de vontade de postar aqui. Aonde todo mundo pode ler. E alguém, entender.
Mas aprendi que a regra do jogo é criar fórmulas, e não ser clara.
Criar um conto de fadas ridículo. Ok, vamos lá, então.
Chega de brincadeira.
O jogo agora é sério.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Alguém como eu...

Confesso que gosto desse texto do Renan Strato. Especialmente por que não sei se concordo ou não. (E se você quiser ler, vai entender um pouco mais deste post).


Hoje eu estava conversando com um amigo que, tirando a delicadeza que ele colocou, disse que eu sou uma pessoa "fria". Que tenho medo de me envolver e tals...
Ele foi um dos que me aconselharam a assistir "Cisne Negro". E, hoje, me disse que me via na personagem da Natalie Portman. Isso foi exatamente o que senti, o filme me abalou muito, pois vi minha vida psicológica retratada ali; interessante a sensibilidade dele de perceber isso em mim...
O engraçado de ter ouvido sobre minha "frieza", é que hoje à tarde eu chorei um monte. Exatamente por estar sensibilizada demais.
Já ouvi muitas vezes sobre minha sensibilidade exagerada.
E quando me falam que sou louca?
Ou que sou muito "certinha"?
Ou que bebo demais, ou de menos?
Que falo muito, que falo pouco...
É engraçado...
Obviamente tenho porcentagens de todas essas características e tenho fases em que algumas aumentam e outras diminuem.
Confesso que depois do filme em questão eu passei a liberar mais meus sentimentos e estou bem mudada, como disse nesse post: "Não é de mim ser assim".
E confesso ainda que estou bem mais predisposta a relacionamentos do que antes.
Isso me faz desejar achar alguém que me veja do tamanho que sou, como sou, e não desse monte de pontos-de-vista distorcidos.


"Falar" isso, na verdade, me faz rir.
Há um tempo eu postei esse texto: "Saudade".
Talvez este post seja a resposta daquele. :)
Mas já, já, muda.
Afinal, o que não muda em mim é essa mania de mudar.