quarta-feira, 20 de maio de 2009

Algumas linhas

"Você pode determinar a importância de cada pessoa na sua vida".
Um dia me disseram isso e eu acreditei. Hoje vejo que não é assim. Acho mais que podemos determinar a importância que damos à importância.
A pessoa é importante e pronto.
Ela pode não merecer, circunstâncias, palavras, momentos e tantas coisas podem dizer o contrário; nossa mente consciente pode ridicularizar fatos, erguer a cabeça e seguir à diante. Mas ela permanece lá. Presente.
E o que dizer do perfume? E do sabor que te mostram uma clara imagem, que após alguns segundos de sorriso bobo vc se lembra que ela pertence ao passado?
Não é exatamente uma questão de amor, amizade, atração, companhia, mas aquela importância mesmo. Que não é vc quem escolhe.
Mesmo assim, infelizmente, tenho que dizer que ainda bem que não podemos controlar tudo que pode nos atingir. Ou a mania de controlar a si nos tornaria escravos de nós mesmos.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Coisas que as pessoas acham estranhas - Parte II

Se preciso medir o tamanho de um cômodo, coisas do tipo:
Imagino quantas Carla's deitadas cabem ali.
Eu tenho 1,67m. É só imaginar e fazer uma média. Simples.

Para saber quanto tempo levo para chegar onde quero:
Estou, geralmente, ouvindo música. Vejo qtas ouvi do ponto inicial ao final.
Uma música tem, em média, 3mins. Multiplico e pronto!

Se acho que o mês tá passando rápido ou lento demais:
Lembro de quando foi o último gibi da Turma da Mônica Jovem que saiu.
Ele só sai no final do mês. Como tenho ganas de ler o próximo assim q termino aquele, sei exatamente o tempo de espera.

Como sou uma pessoa subjetiva, sempre acho que as coisas são maiores, muito ou pouco rápidas e tals. Como minha mente não tem como discutir com o tempo fixo de uma música ou o fato de um gibi ainda não ter sido lançado, esses dois últimos me ajudam a fugir do relativismo.

Acho que matemáticos, físicos e Einstein ficariam um pouco bravos comigo sabendo disso.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Coisas que as pessoas acham estranhas - Parte I

Começou ano passado.
Fui no BlackDog com dois amigos do Teatro.
Saí de lá curiosa e comentei:
- Achei bom o cachorro-quente, mas faltou alguma coisa... Não tô conseguindo identificar o quê.
Depois de alguns minutos, exclamei:
- Alface! É isso! Pq será que eles não colocaram alface?
Pensei que talvez se eu tivesse procurado, acharia no menu um que tivesse; na verdade, acreditei que apenas o que eu pedi não tinha e lamentei a minha sorte.
Mas meus amigos comentaram:
- Alface no cachorro-quente? Desde quando?
Eu:
- É, gente, alface. Completamente normal.
Um:
- Eu nunca comi cachorro-quente com alface.
O outro:
- Nem eu.
Meega estranho.
Comentei o episódio com o meu ex-namorado, que gentilmente disse que eu era louca, pq ele também jamais havia visto.
Isso se repetiu com a mãe e o amigo dele, qdo fomos comer esse mesmo lanche na cidade dele. Já esperta, pedi que acrescentassem alface no meu, porque de livre e espontânea vontade, os hot-dogueiros não pareciam dispostos a colocá-la.
Mais e mais pessoas me dizem que isso não existe.
Em quase 20 anos em que morei em Limeira, NUNCA comi um cachorro-quente sequer sem alface! Em toodos os carrinhos, no shopping, em toodos os lugares, ela sempre estava lá.
Foi triste admitir que fui enganada e que apenas 300 mil pessoas no MUNDO compartilham isso comigo.
Ou será que há mais alguma cidade em que essa adição é feita?

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Uma estranha no ninho.

Meu amigo ligou dizendo que viria passar o final-de-semana aqui.
Ele faz facul de Educação Física e viria para um workshop famoso para profissionais da área, ficaria o dia todo lá. Beleza.
Tudo esquematizado:
Eu o levaria e arranjaria algo pra fazer nos arredores, pq era longe da minha casa e ia complicar ficar indo e voltando.
Chegamos. Domingão, tudo parado, fiquei preocupada em como preencher meu tempo.
Acompanhei-o até a entrada do salão. Lista, pulseirinha.
Fiquei olhando as coisas lá dentro, sem me preocupar com o segurança que checava a identificação dele. Confesso que me esforcei para ficar com uma expressão de: eu já estava aqui a horas. Deu certo. O segurança foi lá pra frente e nem tchum pra mim.
Estava frio, então não tinha como ele saber se embaixo do meu moleton tinha ou não a tal pulseira.

Detalhe 1: NUNCA me dei bem com Educação Física. Na escola eu jogava damas, eu disse: DAMAS nessa aula. Sou péssima em qualquer jogo que envolva uma bola. O máximo que eu faço é caminhada, yoga e natação.
Detalhe 2: Havia outras aulas, mas para poder entrar e sair do salão, havia a fiscalização; ou seja, eu estava presa lá.

Para todos os lados que eu olhava havia pessoas saradas com suas roupas de ginástica, animadas, falando sobre suplementos, exercícios...
Fundamentalmente diferentes de mim.
Começou a parte prática. Discretamente me retirei para o fundo. Sentei.
Abaixei a cabeça levemente e levantei-a em seguida. Olhei para o relógio. Essa abaixada tinha demorado cerca de meia hora. Sim, eu tinha dormido no meio da aula de um dos caras mais requisitados do mundo.
Um pouco envergonhada, saí ver o stand de roupas.
Começou uma aula mais light, para pessoas que não se exercitam tanto.
Me animei um pouco. Peguei os equipamentos q precisava e tentei imitar o que eles faziam, mas não tive muito sucesso.
O que rendeu, de fato, é que eles davam isotônico e cereais de graça. Fiquei metade do dia indo e voltando das filas.