terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Soneto 17 - William Shakespeare


Se te comparo a um dia de verão
És por certo mais belo e mais ameno
O vento espalha as folhas pelo chão
E o tempo do verão é bem pequeno.

Às vezes brilha o Sol em demasia
Outras vezes desmaia com frieza;
O que é belo declina num só dia,
Na terna mutação da natureza.

Mas em ti o verão será eterno,
E a beleza que tens não perderás;
Nem chegarás da morte ao triste inverno:

Nestas linhas com o tempo crescerás.
E enquanto nesta terra houver um ser,
Meus versos vivos te farão viver.
William Shakespeare

domingo, 23 de janeiro de 2011

Não olhe pra trás - Capital Inicial

[Photo: wint3r.deviantart.com]


Não Olhe Pra Trás - Capital Inicial
Composição: Alvin L. / Dinho Ouro Preto


Nem tudo é como você quer
Nem tudo pode ser perfeito
Pode ser fácil se você
Ver o mundo de outro jeito


Se o que é errado ficou certo
As coisas são como elas são
Sua inteligência ficou cega
De tanta informação


Se não faz sentido, discorde comigo
Não é nada demais, são águas passadas
Escolha uma estrada
E não olhe, não olhe prá trás


Você quer encontrar a solução
Sem ter nenhum problema
Insistir em se preocupar demais
Cada escolha é um dilema


Como sempre estou
Mais do seu lado que você
Siga em frente em linha reta
E não procure o que perder


Se não faz sentido, discorde comigo
Não é nada demais, são águas passadas
Escolha uma estrada
E não olhe, não olhe prá trás

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Sinceridade


(Photo: deviantart)
Estava conversando com um amigo meu esses dias sobre filosofia, meu assunto preferido (É só ler um post daqui que fica bem claro hehe). Ele me perguntou se eu acho que o Homem é quem é quando está sozinho, com seus pensamentos, ou o que faz quando está com outras pessoas.
Respondi rápida e superficialmente que o Homem deve ser um ponto entre esses dois "extremos". Mas acho que não existe uma resposta definitiva e cada pessoa é um pouco isso, um pouco aquilo.

Analisando certas coisas, percebo minha certa inabilidade em conviver com aparências. Me acostumei muito com a essência. Eu procuro a minha, dos meus personagens e das pessoas que convivem comigo. Às vezes chego a esquecer que é dada a opção de ser ou parecer. E mais vezes me decepciono quando percebo que as pessoas escolhem, na maioria das vezes, apenas parecer.
A maioria das minhas amizades, fico feliz em constatar, é de essência. Eu - e meus amigos sabem muito bem disso - chego a descobrir se alguém está bem ou não apenas numa conversa pelo msn.
Acredito que ser e parecer devam conviver juntos e gostaria que fossem a mesma coisa.
Fato, minha utopia às vezes é maior que eu.


Não que eu seja completamente inapta em matéria de aparências, é que acho tãão cansativo viver com mentiras. Não saber se as pessoas estão falando a verdade ou não. Acho mais prático a sinceridade.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Compra por telefone

Acabei de fazer uma compra pelo telefone, e:
Atendente: Sua data de nascimento é 13/12/1975?
Eu: Não! 25/06/1988
Atendente: Ah, bem que eu achei estranho. Sua voz parece ser de uma pessoa mais nova.

Primeiro: De onde eles tiraram essa data?
Segundo: Eu estou gripada e suuper rouca. Imagina se eu estivesse com a minha voz normal? Ele diria: Desculpe, senhora, mas não vendemos para menores de 5 anos. Hahaha #Fail

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Contemplação - Cecília Meireles





Contemplação
Cecília Meireles



Não acuso. Nem perdôo.
Nada sei. De nada.
Contemplo.

Quando os homens apareceram,
eu não estava presente.
Eu não estava presente
quando a terra se desprendeu do sol.
Eu não estava presente
quando o sol apareceu no céu.
E antes de haver o céu,
Eu não estava presente.

Como hei de acusar ou perdoar?
Nada sei.
Contemplo.

Parece que às vezes me falam,
Mas também não tenho certeza.
Quem me deseja ouvir nestas paragens
onde somos todos estrangeiros?
Também não sei com segurança, muitas vezes,
da oferta que vai comigo e em que resulta,
pois o mundo é mágico!

Já vês que me enterneço e me assusto
entre as secretas maravilhas.
E não posso medir todos os ângulos do meu gesto.
Noites e noites estudei devotamente
nossos mitos e sua geometria.

Tão pouco somos - e tanto causamos - com tão longos ecos!
Nossas viagens têm cargas ocultas, de desconhecidos vínculos.
Entre o desejo do itinerário, uma lei que nos leva
age invisível e abriga 
mais que o itinerário e o desejo.

Que te direi, se me interrogas?
Não acuso, nem perdôo.
Que faremos, errantes, entre as invenções dos deuses?

Eu não estava presente quando formaram 
a voz tão frágil dos pássaros.
Quando as nuvens começaram a existir,
Qual de nós estava presente?

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Coração feminino


Qual a importância das palavras vindas de alguém por quem seu coração não pulsa?
Quando basta um olhar daquele que nada diz...

domingo, 2 de janeiro de 2011

Mudanças

(Photo by deviantart)


Até que ponto conseguimos mudar?
Como saber se não estamos andando em círculos dentro de nós mesmos?
Precisamos mesmo de certas mudanças?
Quantas influências misturam-se a nossos pensamentos?
Até que ponto devemos ir?
Aonde é a barreira após a qual já não nos reconheceremos? Ela existe?
O que queremos, de fato?
Influência, influenciador, influenciado...
A mesma pergunta de sempre: "Quem nasceu primeiro?"

sábado, 1 de janeiro de 2011

Happy New Year

(Photo by deviantart)


Um novo dia começa.
Um novo ano.
Uma nova vida.
Novos desafios, promessas.
Fé e felicidade.

2011 começou!
Esse ano será maravilhosoo.
Pra esse blog, muitass mudanças.
Postagens frequentes e layout beem mudado (esse é um teste).
Talvez eu faça um tumblr, ou poste mais fotos por aqui.
Claro, escolhas são sempre presentes (!).
Mas, enfim...
Que todos tenham um 2011 abençoadoo!!!