segunda-feira, 22 de março de 2010

Música e tempo.

Eu procuro na internet alguma notícia de 1968. Pela porta do meu apartamento, entra o som de um bolero dos anos 50/60. Me pergunto: era assim naquela época? As músicas? Como eu me sentiria ao ouvir essa música, que se eu tivesse nascido naquelas décadas, me seria tão familiar?
Fico uns minutos divagando e olho para o computador à minha frente. Toda a tecnologia me diz que estou em 2010. Volto então ao meu trabalho.
Mas a música conseguiu me fazer parar por cinco minutos. A catarse se fez.

sábado, 20 de março de 2010

Conversa consigo mesma 2

- Eu não conseguiria não me despedaçar ao ver seu olhar de ódio sobre mim.
- Não conseguiria assistir à ele me dizendo que me largaria, que outra era mais legal que eu, depois de tantas brigas que teríamos. Se estivéssemos juntos e ele me largasse, a vida não teria mais sentido.
- E eu amo a vida. Odiaria sentir vontade de morrer.
- Então é melhor ficarmos com nossa eterna amizade. Assim.

Conversa consigo mesma.

- Eu não suportaria vê-lo chorando por minha causa.
- Qualquer pessoa que o ferisse, eu brigaria. Mas por mim? Como eu poderia brigar comigo mesma e me dizer para não machucá-lo?
- Um namoro inclui brigas. É fato. Com ele eu seria eu mesma, porque não tem como eu não ser assim com ele, e sei que quando sou eu mesma, machuco as pessoas.
- É por isso que a resposta é não. Não posso ficar com ele, por mais que eu anseie por isso.
- É melhor que ele chore agora, tudo de uma vez, e me ame para sempre como amiga, do que passar dias chorando e me odiando.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Conversa

- Você é quem me faz feliz - ela disse.
- Então porque você não fica comigo? - ele questionou pela milésima vez.
- Porquê, quando brigarmos, quem vai me consolar? Qdo eu estiver em dúvidas sobre você, com quem vou desabafar? É com você que eu faço essas coisas... E quando terminarmos, eu não terei mais você, e isso eu não posso suportar.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Gossip Girl e amor.

Frequentemente eu tenho aconselhado dois amigos meus a assistirem ao seriado "Gossip Girl".
Como os conheço bem e já passamos por algumas situações do seriado, acredito que eles amarão a série tanto quanto eu amo.
Consegui que a Carol começasse a assistir e pelo menos curiosa ela está. :)
A questão é que quando fui contar o que vai acontecer na série pra ela (ela gosta de saber o final das séries e livros) e também quando procuro argumentos pra dizer o porque da série ser boa, eu me deparo com o mesmo problema: Não sei explicar.
A dramaturgia não é excelente; acho alguns textos horríveis, não gosto de 50% (ou mais) do figurino, dos 5 atores masculinos, só acho um bonito e interessante, o Rufus - ele nem aparece muito (o que descarta a possibilidade de eu assistir por "ter atores bonitos").
Na 3ª temporada, acho a Blair muito medíocre. Acho a Serena tonta, odeio a Vanessa e a Georgina é... bem, só assistindo pra saber o quão odiosa ela é - pra citar todo mundo, eu gosto da Jenny, mas ela não é minha favorita.
Só que eu AMO o seriado. Tenho as 2 primeiras temporadas em cd e assisto toda semana à 3ª. A série está em break desde dezembro e me sinto tão órfã sem ela! (Volta semana que vem! Eba!)
Simplesmente não há motivos lógicos para eu amar tanto a história deles, apenas que eu fico feliz, e muito, ao assistir.
Comecei a refletir e fiz um paralelo:
De fato, das pessoas que eu amo mais profundamente, eu não conseguiria listar os motivos para amá-las.
Posso listar vários motivos para desgostar, mas o motivo pra amar talvez seja mesmo o de que elas me fazem feliz.
Tenho tantos amigos que se eu fosse pensar racionalmente, poderia nem conversar com eles, mas eu os amo.
Bem como se eu for lembrar de pessoas que eu já amei.
É lindo isso, não?
É por isso que eu amo o amor. É tão puro!
Se ama por empatia, não por lógica.