quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Feliz Ano Novo

Eu estava no começo da adolescência quando refleti sobre o Reveillon:

"As pessoas mentalizam coisas positivas na virada da meia-noite do dia 31 para o dia 01, desejando tudo de bom nos próximos 365 dias, ok. Mas depois de uns 2 meses, elas nem se lembram mais de que estão em um "novo ano", do que desejaram e o mau-humor volta.
Mas porque desejar coisas boas e celebrar só no começo de um novo ano? Temos uma meia-noite todos os dias, onde podemos deixar para trás tudo o que aconteceu nas últimas 24 horas, como fazemos com os 365 dias antecedentes a cada dia 01 de janeiro. Porque não celebramos toda noite? Porque não celebramos todo dia 30/31 do mês? Desejando a cada meia-noite, que o próximo dia seja feliz, com esperança, amor, sucesso, paz..."

Então, desejem todo dia o que vocês desejarão hoje à noite, e vivam, assim, muiiito mais felizes!

Feliz Ano Novo!!!!

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Feliz Natal

Eu era criança quando perguntei para a minha mãe:
- Mãe, se o Natal é o aniversário de Jesus, porque as pessoas dão presentes entre si?
E ela respondeu:
- É que as pessoas dão o presente pro Jesus que existe dentro de cada um de nós, assim, presenteando as pessoas, estamos presenteando Jesus.

Conscientemente pode não ser isso o que motiva essa troca de presentes, para muitas pessoas, mas a explicação que ela me deu foi a mais linda que já ouvi em toda a minha vida e é um dos motivos que faz com que eu ame tanto essa data.
Eu adoro dar presentes e adoraria poder dar um presente pra cada pessoa do mundo, seja os que eu amo ou não.
Como presentes não são apenas coisas materiais, tenho sempre pensamentos positivos e tento fazer com que eles corram o mundo.
Assim, o presente que posso dar hoje, para quem estiver lendo isso, é o meu Feliz Natal, de todo coração, com um legítimo "Namastê" - O Deus que existe em mim saúda o Deus que existe em você. Realmente, nenhuma religião é, de fato, diferente da outra.

"Que Deus abençoe o mundo"
e, claro:

Feliz Aniversário, Jesus!
Eu amo O Senhor!
:****

domingo, 6 de dezembro de 2009

A lei das 3 vezes

Eu tenho dois lados que discutem na hora de eu tomar minhas decisões: meu lado artista e meu lado analítico. Consigo ser extremamente louca e extremamente meticulosa.
Esse segundo me faz querer acertar sempre, mas ele perdeu a briga depois de 6 experiências, a seguir:

Emprego
Não tive mtos empregos fixos, pq não é o meu perfil fazer as mesmas coisas todos os dias; a interpretação é minha praia, sem dúvida.
Fora o teatro, que faço desde meus 7 anos de idade, meu primeiro emprego fixo foi em um Estágio do Curso Técnico em Química.

Primeira Situação

Analisei a situação, observei o clima da empresa e decidi me comportar de certa maneira, que eu achei a mais acertada, óbvio.
Claro que alguns erros foram cometidos.

Segunda situação
Um ano depois de sair de lá, estava eu no meu segundo emprego. Tentei consertar tudo o que achei que poderia ter feito de maneira errada no primeiro. Resultado: Percebi que as pessoas desse job preferiam a minha versão profissional número 1.
Ou seja, teria acertado se tivesse agido da forma como agi no estágio.

Terceira situação
Percebi finalmente que não se conserta o erro de uma coisa em outra. Cada situação tem suas próprias características.
Então meu terceiro emprego, nesse aspecto, foi bem melhor. (Tanto que fui promovida à sub-gerente - mas pedi demissão qdo isso aconteceu - mas tbm não vem ao caso).


Namoro


Primeira Situação
Com a mesma inexperiência e vontade de acertar, lá se foram erros cometidos... Mas, claro, erros cometidos em relacionamentos amorosos doem muito mais que os dos empregos, néé.
Nos jobs você se sente mal, às vezes um pouco fracassada, assim: não dei tudo de mim, etc... mas sabe que outros surgirão e sai logo à procura.
Nos namoros a gente fica realmente triste e, (eu, pelo menos) não quer saber de outra pessoa até consertar os pedaços do coração. (Seria tão prático se agíssemos da msm forma, né? Mas aí seríamos pessoas insensíveis - dãr praticidade e sensibilidade são antônimos algumas vezes, fazer o quê ;/).

Segunda situação
Yes, fiz o mesmo. Tentei consertar os erros do primeiro no segundo.
Nem preciso dizer que a primeira versão, de novo, era a mais acertada nesse caso.
Sem entrar em detalhes, mas, na época, a dor foi bem forte meesmo.

Terceira situação
Com um coração novinho em folha, eis que surge o terceiro namoro.
Aí, sim, sem me preocupar com erros ou acertos e principalmente, sem tentar consertar erros que estão no passado, correu tudo bem.
Acabou também, mas sem dramas.

As pessoas sempre se gabam sobre o que aprenderam em seus relacionamentos: a serem mais pacientes, mais isso, menos aquilo...
O que eu realmente aprendi foi que eu não devo me basear em relacionamentos anteriores.

Depois de tudo isso minha mania de acertar ficou bem na dela e só se manifesta quando é requisitada. heuiheiuhe
:D

Casamento e teorias...

Ain. O natal está chegando. Mais um ano que estou aqui em São Paulo.
Fui pra Limeira esses dias, no casamento da minha prima.
Foi tão lindo!
Eles namoram há 13 anos e mesmo assim, na hora da troca de alianças, o marido dela tremia muiiito. Ela, entrando na igreja, então...
Eles estavam realmente felizes. Infelizmente, é difícil vermos felicidade genuína por aí. Sempre tem alguma dúvida escondida no olhar.
O olhar... o portal da alma. Apesar de sim, ser possível mentir olhando nos olhos de alguém (odeio quando certas máximas são quebradas), não é tão fácil assim e somente pessoas com um alto grau de psicopatia ficam fingindo em tempo integral.
Momentos nos quais eu vejo essas demonstrações tão puras de afeto me fazem acreditar no amor eterno.
Eu acredito no amor, até porque eu sou uma pessoa apaixonada pela vida e amo e amei muitas pessoas.
Mas tem aquela história da alma-gêmea. Uns dizem que temos só uma, outras juram que temos várias, enquanto outros simplesmente acham que não a temos.
Eu não tenho certeza.
Amar é bom e com certeza, poder amar quantas vezes forem possíveis na vida é ótimo.
Como eu disse, o casamento da minha prima me fez lembrar de quando eu acreditava piamente na existência dessa alma-gêmea.
Mas é aquela coisa, teoria e prática são coisas muiito distintas.
A teoria é uma graça e faz sentido, mas a prática nos mostra tanta gente por aí sofrendo em seus casamentos (aliás, que mania de casamento! Não sei pq as pessoas são tão aficionadas por casar!).
Então, se existe uma alma-gêmea (ou mais, o que aumenta e muito a chance de a encontrar, óbvio!), todo mundo encontraria a sua, não?
Aí vem sempre uma pessoa defendendo: Mas não era essa a missão nessa vida, acabou indo por outro caminho e blábláblá.
Já reparou que as pessoas fazem de tudo para defender suas teorias, quando a prática as refuta? Ao invés de analisar a realidade, a prática, nãão... preferem continuar em seus mundos abstratos, onde só uma pessoa compartilha e concorda com tudo: a própria pessoa. (Tá, eu sou um pouco assim).
Mas enfim, minha observação diz que haverá uma pessoa que você amará mais que as outras; porém, a minha experiência diz que amamos cada pessoa de uma forma distinta, então, se um namoro ou casamento não deu certo... paciência; dói, mas a vida continua.
Então, pode ser que sim, pode ser que não...
De qualquer forma, isso me leva ao próximo post...

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Eu

Ironicamente, sobre o que eu menos falo aqui no meu blog é sobre mim.
Falo sobre meus pensamentos, minhas teorias, mas sobre mim eu pouco consigo compartilhar.
E não só aqui. Aqui menos, mas não há alguém no mundo que possa dizer que me conhece realmente bem. Sabem apenas o que eu digo, o que externo. E de certa forma, eu prefiro assim.
Mas hoje eu quero falar 1%. :D
Eu estou tão feliz, tão bem...
Não moro mais onde eu não gostava, trabalho com o que eu quero...
Realmente não tem muito do que eu reclamar...
Aqui eu não sinto falta de mim, que é o que eu sentia antes.
Adoro estar livre.
Mas eu, que na verdade nunca quis criar raízes e nem me aprofundar tanto em relacionamentos, sinto falta de algumas pessoas.
É essa amizade que nasce sem que a gente determine. Sinto falta dos meus sábados, especialmente. De quando tudo eram flores.
Eu não quero voltar pra aquele tempo, tampouco quero que aquilo volte.
Eu só sinto... saudade.
Meu coração sorri quando lembra dos sorrisos, ri quando lembra das risadas e o melhor, não chora quando lembra de coisas tristes, pq as coisas boas são tão maiores!
Se eu pudesse pedir a presença de novo, pediria sim, como essas pessoas estão agora. Nada de reviver.
Hoje contei uma história de muito tempo atrás. Sorri e queria que meia dúzia daquelas pessoas estivessem aqui, pra nos abraçarmos e sairmos comer pizza crua.
Mas como diz meu perfil aí do lado, o que importa é sempre o momento agora. Não posso eternizar no tempo, mas está sempre dentro de mim, faz parte de mim.

E, de novo, por mais que eu tente, não consigo ser óbvia qdo falo sobre mim. Enrolo e fica subjetivo. Melhor assim. :)

sábado, 31 de outubro de 2009

Aluna da Uniban

Há dois mil anos atrás, uma prostituta quase foi apedrejada por uma multidão e Alguém disse: "Quem não tiver pecado, que atire a primeira pedra"
Desde essa data, que é um marco da nossa história, as pessoas não evoluíram!
Guerras e mais guerras, inclusive em nome Dele.
Claro, muitas pessoas se converteram ao Cristianismo e entenderam a mensagem e tals.
Eu me pergunto o que teria acontecido se Ele não tivesse vindo para cá. O caos seria ainda maior.
Tem um monte de gente que critica Jesus e tals. Uns dizem que Ele não é filho de Deus, isso e aquilo.
Ele sendo um profeta, filho de Deus ou não, as pessoas deviam se preocupar mais com o que Ele veio fazer: dizer para nós nos amarmos, nos respeitarmos.
A menina simplesmente foi com uma roupa curta na Universidade. Isso é motivo de apedrejamento?
A minissaia foi lançada nos anos 60 aqui no Brasil!!! Há quase 50 anos!
Até quando as pessoas serão obrigadas a fazer o que "a maioria acha correto"? Eles não acham nada! Sequer pensam! Porque qualquer pessoa com discernimento sabe que o ser humano é muito mais que uma vestimenta.
Novamente a questão da religião. Há inúmeras falhas no ensinamento dela, com certeza; principalmente por todos que se acham no direito de interpretá-la como querem e nos enfiarem goela abaixo o que acham que pensam.
Mas acho que as pessoas não deveriam ignorá-la. Seja o Cristianismo, Budismo... Eu realmente não entendo o que leva uma espécie inteira a ser tão cruel. Nós temos o cérebro mais evoluído do planeta, exatamente para não agirmos por instinto, como os outros animais fazem.
E não foi em uma tribo de índios ou africana que isso ocorreu (lugares que geralmente marginalizamos), foi no lugar onde, teoricamente, estão as pessoas mais "inteligentes".
Até quando nosso sistema de ensino focalizará apenas o físico e não ensinará respeito, consciência e espiritualidade para as pessoas?
Até quando essas pessoas ficarão na acomodação?
Citando de novo Ele: "Pai, perdoai-os, porque eles não sabem o que fazem".

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Família

Família é mesmo algo estranho.
Você é uma essência que vive saltitante no Universo, resolve encarnar, vem para cá e:
Tem toda uma linhagem te "esperando".
Pessoas que moram aqui já a algum tempo.
Elas não se importam com quem você é; pq já nascemos com nossa personalidade (bruta), gostamos disso, daquilo não...
E essas pessoas ficam felizes por você ter nascido, por ser do sangue delas. Ou em alguns casos, só de fazer parte da família, ainda que seja adotado.
Todos temos uma missão na vida, um destino, que é ou não junto com essas pessoas.
E elas, lindamente, mais uma vez, só querem que você seja feliz. Despendem tempo, atenção, dinheiro, muitas vezes, para que o seu desejo se realize, e se por acaso você se ferra, eles estão lá, te esperando, caso você queira voltar.
Eles às vezes esperam da gente um pouco mais do que achamos que podemos dar; às vezes esperam menos. Brigam, a gente se sente por baixo...
Mas qual pessoa desse mundo seria incapaz de nos tirar do sério ou brigar com a gente?
Ninguém.
E tem tanta gente que fala mal da família, né...
"Não quero depender dos meus pais"
Sim, sabemos o quanto alguém pode ser cruel e cobrar coisas, principalmente emocionalmente; mas não há mta vantagem em depender de um banco, do destino ou do humor de um chefe e não confiar no amor incondicional desses seres iluminados.
Sabe, como almas independentes, cada um poderia seguir seu próprio destino, sem se importar com os outros.
Mas essas pessoas se importam com o que chamam de "laço de sangue".
Ou "laço de alma"...
Não importa quem você é, quem você quer ser.
Eu fico sempre muito emocionada com os gestos de carinho que eu recebo, mesmo morando longe.
E eu amo muito a minha família. Essas pessoas que Deus sorteou para estarem sempre ligadas.
É família é estranho mesmo, é AMOR.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

O lúdico, o inacessível, o distante...
Será para sempre essa procura incessante?
Nostalgia, anseio, borboletas, sonhos...
Olhares, devaneios, esquivos...
Filmes, livros...
Cadê o porto?
Deverá haver?
No final o sentimento será de vazio?
Ou não?

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Probabilidade

Eu fazia o mesmo caminho todos os dias para ir até o meu trabalho. Certo dia, encontrei, caído no chão, um pacote; abaixei-me, peguei-o e olhei para os lados. Cogitei se era de um homem com um carrinho: não era, porque ali não havia o mesmo tipo de coisa. O dono não parecia estar por perto, assim, guardei-o comigo. Era um pijama, desses de criança.
Desde esse dia, passei a olhar curiosa para o mesmo ponto onde o achei, mecanicamente. "Será que hoje terá mais alguma coisa caída ali?"
A Física Quântica nos prova a "lei da probabilidade" - onde em um local tem mais chances de acontecer tal coisa do que em outros.
Ainda que a maioria de nós não tenha ouvido falar sobre isso didaticamente, acreditamos nisso intuitiva e subconscientemente.
Ao longo dos dias, percebi que era inútil o que eu fazia. Não era porque uma vez algo caiu ali, que nos outros dias também cairia. E mais: eu deixava de olhar para os outros lados, onde poderia ter coisas mais interessantes.
Percebi ainda o quanto fazemos isso no nosso dia-a-dia: porque encontramos amor em uma pessoa, uma vez, teimamos em continuar olhando para ela, tentando achar mais amor onde já não tem... onde achamos amizade, compaixão, alegria ou até ódio.
Assim, essa lei, tal como os provérbios, funcionam, mas apenas em determinado momento. "Um raio não cai duas vezes no mesmo lugar". Às vezes, cai.
Ou para citar Paulo Coelho: "Nada no mundo está totalmente errado: até um relógio quebrado fica certo duas vezes ao dia". E adaptando: Nada no mundo está totalmente "certo".
Enfim, fazer de um ponto aleatório algo seguro e não olhar para os lados não é uma boa pedida. Melhor não acreditar nem em probabilidades, nem em raios...

|Se um dia eu der para a filha de alguém um pijama, vocês já sabem onde eu "comprei" =]~|
|Ficou meio auto-ajuda esse texto, não?|

sábado, 25 de julho de 2009

Admiração, amor, Som & Fúria.

Talvez eu tenha tomado Veritasserum hoje.
Acabou agora há pouco o último capítulo de Som & Fúria.
Foi perfeita a série toda. Os ângulos da câmera, os atores, as críticas, as histórias... ah, as histórias... a ponta do iceberg da nossa profissão de ator.
O amor pela arte, pela emoção, tão banalizadas por pseudo-intelectuais.
Fazer da sua vida algo acima das obrigações capitalistas e padronizadas. Se emocionar com uma representação, um som, uma imagem, um odor, um toque...
A base do amor é a admiração.
Por mais que o mundo tenha sido e é ainda sempre uma competição; o ser humano ama admirar. Nos apaixonamos por alguém porque aquela pessoa é inteligente, é legal, porque só ela tem aquele olhar, aquela palavra, aquela sensação. Nos apaixonamos por livros, músicas, assuntos...
Quando acreditamos que estamos acima de tudo isso é que começa a derrocada. Porque se você é o máximo e tudo à sua volta é criticável (sim, tudo é, mas admirável tbm, em maior ou menor grau, mas enfim, quando vc só se concentra nas críticas), o que você amará?
Pensar, relacionar as coisas logicamente é uma delícia, mas até certo ponto; mergulhar num mundo em que só a perfeição é aceitável é enviar-se ao fracasso, pois a perfeição não existe. Amar não exige lógica, apenas sensibilidade. E mais inteligente é aquele que consegue unir sua mente e seu coração.
Tão bom pensar, tão bom sentir! Nada de inimizades entre as duas.

*Veritasserum é uma poção mágica que faz a pessoa só dizer a verdade, dos livros de Harry Potter.

*Os comentários estavam com problema. Acho que consertei. Vcs podem comentar algo pra eu ter certeza? Obrigada. :)

terça-feira, 21 de julho de 2009

Rascunho e tirinha

O Murillo veio passar o feriado aqui e conversamos muiito.
Ele se liga mais em coisas com finalidades óbvias, como ele mesmo disse: "se existe vida após a morte, eu não sei, mas não serei melhor ou pior por causa disso, não tem uma finalidade na minha vida saber disso".
Aí eu expus para ele a minha opinião, de que temos uma alma, várias das minhas teorias e tals e acabou surgindo uma situação interessante:
Eu: Vivemos em função dos nossos cinco sentidos, certo? Agora imagine que você perdeu todos eles: ficou cego, surdo, mudo, sem paladar, sem tato... Você deixou de existir? Não, o seu cérebro ainda funciona, mesmo que não receba mais estímulos de fora.
Ele: Sim, o cérebro continua funcionando, mas ele continua sendo matéria.
Eu: Sim, mas ele não segue nenhuma regra? Um neurônio fala com o outro do nada? Por exemplo, um átomo: como ele sabe como deve agir? Nada no mundo faz o que "dá na telha", eles seguem uma lógica, tudo. E essa lógica que é chamada de Deus.
Ele: As pessoas dizem que a gente só usa uma parte do nosso cérebro, uns 5%.
Eu: Você ouviu o que você disse? A gente só usa uma parte do nosso cérebro. Quem é esse 'a gente' se você tinha afirmado que nós somos o cérebro? O próprio cérebro se usa? E se ele é tudo que somos, como ele não sabe usar sua própria capacidade? Esse 'a gente' não é a alma?

Bom, como eu disse, isso é um rascunho, essa foi a conversa e a questão levantada eu achei muito interessante. Por favor, postem a opinião de vocês!
Aí ele fez uma tirinha para a nova série dele, Devaneios:
A parte da maquiagem é que como ele ficou uma semana aqui, viu muiitas vezes eu fazendo isso.
:)~

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Delete.

Às vezes é tão bom parar e pensar um pouco.
Às vezes isso não leva à nada.
Coisas apagadas; se alguém vir, achará que nunca existiu.
É tão estranho.
A imagem na mente não é mais a de agora.
A substituição ocorreu, não tão forte, não tão verdadeira.
- Mais alguém aí fez isso?
Ou: quem será que não faz/tem que fazer?
Delete. Um botão.
E...

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Criticar x Se emocionar

Há algumas semanas, assisti ao Musical A Bela e a Fera.
Espetáculo lindíssimo, com trocas de cenário perfeitas, coreografias muiito boas. Me senti dentro do desenho animado; realmente me emocionei.
Enquanto eu assistia boquiaberta, tinha algumas pessoas do meu lado criticando-a, dizendo que um outro musical estava muito melhor, que conseguiam ouvir o barulho das rodinhas do cenário desse e etc...
Há muito tempo eu aprendi a ser crítica, a não aceitar facilmente o que o mundo tentava me empurrar goela abaixo e há pouco tempo eu aprendi a não ser tão radical.
À medida em que aumentamos nosso repertório de livros, novelas, músicas, peças e até relacionamentos, fica inevitável não comparar o novo com o que já se viu/viveu e já considera bom.
Foi meu primeiro musical e, percebe-se, fiquei extasiada. Algumas coisas não me agradaram tanto, como a voz da Fera que era muito fina para uma fera, uma música e outras pequenas coisas.
Mas para quê usar o raciocínio lógico em 100% do tempo? Eu percebi, naquele momento, que poderia optar entre procurar os defeitos do que estava à minha frente e entre me deixar levar pelo sentimento.
Escolhi a segunda opção: me concentrar nas partes que eu estava gostando.
Quando a gente critica muito, quase não nos surpreendemos mais com as coisas, porque nada nos agrada 100%, infelizmente.
Ver o mundo com olhos de criança, focar os pontos positivos, não se trata de ingenuidade, falta de senso crítico ou imaturidade, mas de sensibilidade, bom-humor e descanso para nosso raciocínio ocidental - é melhor deixar esse para momentos específicos.
Avaliar criticamente é importante e prova para os outros que 'sabemos pensar'. Mas se emocionar é algo só nosso, que palavra alguma traduz ou é mais importante.

E o Musical conseguiu seu propósito: despertar sentimento nas pessoas.
Arte é isso: coração, o resto é detalhe.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Selo




Recebi esse selo do Daniel Oliveira. (Thanks!)

As regras são as seguintes:
1) Mencionar quem lhe ofereceu o selo.
2) Completar a frase “Eu sou Luz e quero iluminar..."
3) Passar o selo para até 15 blogs que consideremos de LUZ, avisando-os da oferta

"Eu sou Luz e quero iluminar todo o mundo"

Blogs iluminados:
Own my own
Tiago Tiger
Quer dizer
Por onde andei
Outras Ideias
Barraco, Glamour e Et's
Cenário diário
Sti(L)ife
Infinito Particular

Ia fazer um post, mas tá tarde já. Amanhã eu posto!

;)~

terça-feira, 30 de junho de 2009

Coisas sobrenaturais.

Passei a manhã inalando Vick e estou doidona! :S
Isso me fez escrever sobre coisas que eu acho, absolutamente, sobrenaturais:

1. Vick.
Fala sério: Vc está toda gripada, o nariz entupido; nessa hora vc tem certeza absoluta que nunca mais vai respirar na vida, tamanha a sensação de que existem tonelaadas de 'coisas' no seu nariz. Já se preparando para só respirar pela boca daqui em diante (Ainda bem que Deus nos deu dois lugares para respirar; claro, ele já sabia que a gripe surgiria), aparece sua mãe com: Vick.
Você o inala e plim: pra onde foi tudo? Ele dissolve as 'coisas' (ficou melhor usar 'coisas' no lugar de 'vcs-sabem-o-quê', né?)?
Bi-za-rro. (Separação fonética!)

2. Produtos Moranguinho.
Eu tenho uma boneca da Moranguinho há uns 15 anos ou mais. E ela continua com o cheiro original. Teve um episódio há dois anos em que tive de lavá-la e morri de medo que o 'cheirinho' sumisse. Mas não: minutos depois e ela estava exalando o mesmo aroma de sempre.
Lindo, mas apavorante!
Como assim o perfume não acaba?

3. Respire Melhor.
Não sei se é novo ou não, mas conheci ele ontem. É tipo um adesivo que vc coloca em cima do nariz e ele dilata os poros (acho) e aí a pessoa respira melhor (como já sugere o nome!).
Alguém já colocou ele?
Geente, parece que seu nariz está ficando enoorme. Realmente entra uma quantidade de ar absurda, mas parece que seu nariz virou nariz de batata e só voltará ao normal com uma cirurgia plástica. (Táá, exagerei!)

4. Vick inalador.
Aquele que dá pra levar na bolsa, sabe? (Parabéns ao Vick, que ocupa dois lugares da minha lista, ou não.)
Ele é outro que o produto não acaba. Passa-se anos e ele continua firme e forte.

5. Rádio.
Eles mandam ondas sonoras no ar e, com um aparelho SEM FIO, dependendo da frequencia que vc coloca, vc ouve coisas diferentes. Estão NO AR. E vc capta!

6. Foto.
A máquina congela uma imagem. Preciso dizer mais alguma coisa? Quase irreal.

7. Bluetooth.
Basta dois celulares estarem perto e plim: um manda um programa, uma música, uma foto, para o outro. Assim, pelo AR.

Ainda podemos colocar na lista a galvanoplastia; amaava as experiências desse tipo no Curso Técnico de Química.
E sobre a Física Quântica eu nem preciso comentar, né? Fótons, quarks, cores...

Ai, ai, amo sabermos usar as propriedades da energia, matéria e tals, mas que assusta, assusta!

Táá. Algumas foram bem: sou uma pessoa que ainda mora em caverna. Mas é que se eu não tivesse certeza de que existiam, diria que era impossível!

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Yes!

Fomos assistir a peça "A Bela e a Fera" ontem.
Espetáculo belííííssimo! Muito bom meeesmo.
E depois: comemorar meu niver em uma balada.
Perfect!
Companhias óótimas em ambos os lugares, aaltas risadas...
Amo muito tudo isso!

domingo, 28 de junho de 2009

Domingão.

O dia começou a algumas horas e já tem muitas histórias.
Seria um domingo atribulado: Ensaio, ensaio com a tecladista, peça e festa.
Mas foi mais.
Recebi uma carta essa semana dizendo que meu cartão de crédito foi bloqueado por compras suspeitas. Como só tinha hoje de manhã pra ligar, acordei às 8:00h e antes das 9:00h (sairia de casa às 9:30h) estava no tel com eles. Foram compras com o outro cartão (pedi um novo pq veio com o sobrenome errado), exorbitantes. Aí eles me enrolaram no tel e só consegui sair de casa às 11:00h (piorou pq acabou a bateria do meu tel e tive que ficar esperando carregar), mas vão me devolver o valor como crédito. Nesse meio tempo, mandei msg pro H dizendo que iria atrasar. Ele me respondeu dizendo que também. A E e o R estão sem cel e o S é qse impossível de ser achado, mas como eles, provavelmente, já estavam todos lá, já estariam adiantando o ensaio.
Cheguei lá e só estava a E. O H estava a caminho, o S doente, avisou que só irá para a peça. Não achamos o R. Ah, e o R² está viajando!
A E decidiu cancelar com a tecladista, pq só iria metade do grupo e não tinha o tel dela (o celular da E quebrou), então resolveu ir até a casa da mulher, cancelar pessoalmente.
Falei para o H me esperar perto da minha casa.
Qdo ele chegou expliquei que pedi pq ele disse que já estava perto do metrô, mas que não ia rolar ensaio. Aí ele decidiu ir embora e nos encontraremos, todos, às 19:00h para a peça e a festa.
Será?

quinta-feira, 25 de junho de 2009

21 anos! Feliz niver pra mim!

Eu atéé pensei em postar um texto e tals, mas não ando mtoo afim de escrever ultimamente.
Então, postando só pra deixar registrado.
Claaro, muito feliz por hj ser meu niver!
Adoro!
:D~

quarta-feira, 17 de junho de 2009

De volta.






Cheguei ontem de viagem.


Pontos altos:

- O cachorro-quente com alface (que eu fiz questão de tirar foto do menu e do lanche :D)
- Os filmes que assistimos.
- O EAC
- A missa
- Os amigos
- A Família (minha priminha nasceu - foto abaixo)
- Eu ter trazido o que precisava.

Pontos baixos:

- Meu celular não me dar bônus lá e ficar sem cobertura
- Os assuntos que eu precisava resolver já estavam resolvidos, qse fui à toa.
- Não ter conseguido ver o Muh, a Mari, a Isa e o Netto.


Fala se ela não é linda? O nome dela é Marina!
:)
Enfim, fds muito bom!

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Dia do namorados

Estava no site do iG, quando entrei nessa reportagem:
http://jovem.ig.com.br/amor/noticias/2009/06/12/o+dia+dos+namorados+sem+namorado+6665941.html

Choreei de rir com as dicas do que NÃO fazer hoje, dia dos namorados:

1. Fuja dos restaurantes (por causa dos casais)
2. Não vá ao cinema (idem 1)
3. Não ligue a televisão: toda a programação é voltada para essa data tão especial. Até mesmo os telejornais!
4. Não ouça músicas românticas
5.Fuja dos amigos comprometidos. Desligue o telefone, suma do MSN, não abra a porta. Porque quem está amando só vai querer falar nisso no dia dos namorados (e nem o solteiro mais desencanado do mundo merece uma tortura dessa!).

Ou seja, eu tenho que ficar trancada em casa, sem ver TV, entrar na net, falar ao tel, não atender ngm, ñ ler livros, ñ ouvir música...
Eu devo fazer exercícios de... matemática? Pra não pensar na data?

Hauiheuioaheuiae
Mto engraçado!

Ainda bem que não vou precisar das dicas acima; hoje é meu primeiro "dia dos namorados" sem namorado em que estou mto feliz.
Os meus "d-d-n" sem namorado sempre foram meio deprimidos, quase traumáticos.
Além de feliz, vou para Limeira encontrar meus amigos que, por sinal, também não estão namorando.
Perfeito! Adoro!

domingo, 7 de junho de 2009

Material x Emocional

Sua barriga ronca. A imagem formada em sua mente é de seu bolo preferido. Você caminha até a cozinha lentamente, abre a geladeira e fecha em seguida, seguindo para o guarda-comidas. (hífen ou não hífen?)
Pega um pão. Ele sacia sua fome, sua necessidade física. Mas se fosse o bolo, vc estaria feliz. Saciada(o) e feliz.

Nesse mundo de opções não falta o que compense nossa necessidade material, mas a emocional...

sábado, 6 de junho de 2009

Revolta

Até tinha pensado em postar detalhadamente tudo o que aconteceu, mas meu humor não está pra isso.
15 dias sem net por pura vontade do meu provedor. Ódio.
Mas estou de volta!
\o/

Ah, por favor, comentem sobre o novo layout do blog?
Logo que mudei, fiquei sem net, não tive tempo de perguntar!

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Algumas linhas

"Você pode determinar a importância de cada pessoa na sua vida".
Um dia me disseram isso e eu acreditei. Hoje vejo que não é assim. Acho mais que podemos determinar a importância que damos à importância.
A pessoa é importante e pronto.
Ela pode não merecer, circunstâncias, palavras, momentos e tantas coisas podem dizer o contrário; nossa mente consciente pode ridicularizar fatos, erguer a cabeça e seguir à diante. Mas ela permanece lá. Presente.
E o que dizer do perfume? E do sabor que te mostram uma clara imagem, que após alguns segundos de sorriso bobo vc se lembra que ela pertence ao passado?
Não é exatamente uma questão de amor, amizade, atração, companhia, mas aquela importância mesmo. Que não é vc quem escolhe.
Mesmo assim, infelizmente, tenho que dizer que ainda bem que não podemos controlar tudo que pode nos atingir. Ou a mania de controlar a si nos tornaria escravos de nós mesmos.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Coisas que as pessoas acham estranhas - Parte II

Se preciso medir o tamanho de um cômodo, coisas do tipo:
Imagino quantas Carla's deitadas cabem ali.
Eu tenho 1,67m. É só imaginar e fazer uma média. Simples.

Para saber quanto tempo levo para chegar onde quero:
Estou, geralmente, ouvindo música. Vejo qtas ouvi do ponto inicial ao final.
Uma música tem, em média, 3mins. Multiplico e pronto!

Se acho que o mês tá passando rápido ou lento demais:
Lembro de quando foi o último gibi da Turma da Mônica Jovem que saiu.
Ele só sai no final do mês. Como tenho ganas de ler o próximo assim q termino aquele, sei exatamente o tempo de espera.

Como sou uma pessoa subjetiva, sempre acho que as coisas são maiores, muito ou pouco rápidas e tals. Como minha mente não tem como discutir com o tempo fixo de uma música ou o fato de um gibi ainda não ter sido lançado, esses dois últimos me ajudam a fugir do relativismo.

Acho que matemáticos, físicos e Einstein ficariam um pouco bravos comigo sabendo disso.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Coisas que as pessoas acham estranhas - Parte I

Começou ano passado.
Fui no BlackDog com dois amigos do Teatro.
Saí de lá curiosa e comentei:
- Achei bom o cachorro-quente, mas faltou alguma coisa... Não tô conseguindo identificar o quê.
Depois de alguns minutos, exclamei:
- Alface! É isso! Pq será que eles não colocaram alface?
Pensei que talvez se eu tivesse procurado, acharia no menu um que tivesse; na verdade, acreditei que apenas o que eu pedi não tinha e lamentei a minha sorte.
Mas meus amigos comentaram:
- Alface no cachorro-quente? Desde quando?
Eu:
- É, gente, alface. Completamente normal.
Um:
- Eu nunca comi cachorro-quente com alface.
O outro:
- Nem eu.
Meega estranho.
Comentei o episódio com o meu ex-namorado, que gentilmente disse que eu era louca, pq ele também jamais havia visto.
Isso se repetiu com a mãe e o amigo dele, qdo fomos comer esse mesmo lanche na cidade dele. Já esperta, pedi que acrescentassem alface no meu, porque de livre e espontânea vontade, os hot-dogueiros não pareciam dispostos a colocá-la.
Mais e mais pessoas me dizem que isso não existe.
Em quase 20 anos em que morei em Limeira, NUNCA comi um cachorro-quente sequer sem alface! Em toodos os carrinhos, no shopping, em toodos os lugares, ela sempre estava lá.
Foi triste admitir que fui enganada e que apenas 300 mil pessoas no MUNDO compartilham isso comigo.
Ou será que há mais alguma cidade em que essa adição é feita?

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Uma estranha no ninho.

Meu amigo ligou dizendo que viria passar o final-de-semana aqui.
Ele faz facul de Educação Física e viria para um workshop famoso para profissionais da área, ficaria o dia todo lá. Beleza.
Tudo esquematizado:
Eu o levaria e arranjaria algo pra fazer nos arredores, pq era longe da minha casa e ia complicar ficar indo e voltando.
Chegamos. Domingão, tudo parado, fiquei preocupada em como preencher meu tempo.
Acompanhei-o até a entrada do salão. Lista, pulseirinha.
Fiquei olhando as coisas lá dentro, sem me preocupar com o segurança que checava a identificação dele. Confesso que me esforcei para ficar com uma expressão de: eu já estava aqui a horas. Deu certo. O segurança foi lá pra frente e nem tchum pra mim.
Estava frio, então não tinha como ele saber se embaixo do meu moleton tinha ou não a tal pulseira.

Detalhe 1: NUNCA me dei bem com Educação Física. Na escola eu jogava damas, eu disse: DAMAS nessa aula. Sou péssima em qualquer jogo que envolva uma bola. O máximo que eu faço é caminhada, yoga e natação.
Detalhe 2: Havia outras aulas, mas para poder entrar e sair do salão, havia a fiscalização; ou seja, eu estava presa lá.

Para todos os lados que eu olhava havia pessoas saradas com suas roupas de ginástica, animadas, falando sobre suplementos, exercícios...
Fundamentalmente diferentes de mim.
Começou a parte prática. Discretamente me retirei para o fundo. Sentei.
Abaixei a cabeça levemente e levantei-a em seguida. Olhei para o relógio. Essa abaixada tinha demorado cerca de meia hora. Sim, eu tinha dormido no meio da aula de um dos caras mais requisitados do mundo.
Um pouco envergonhada, saí ver o stand de roupas.
Começou uma aula mais light, para pessoas que não se exercitam tanto.
Me animei um pouco. Peguei os equipamentos q precisava e tentei imitar o que eles faziam, mas não tive muito sucesso.
O que rendeu, de fato, é que eles davam isotônico e cereais de graça. Fiquei metade do dia indo e voltando das filas.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Arte e vida.


Hoje,depois do trabalho, passeei um pouco pelo centro.
Uma leve garoa caía na cidade.
Ali na Praça do Correio tinha um aglomerado de pessoas. Teatro de rua. Imediatamente fui atraída para lá, claro.
O Grupo Pombas Urbanas apresentava "A história de uma dor de dente".
Engraçada representação de um camelô e suas peripécias.
Mas o que mais chamou minha atenção foi o público.
Algumas pessoas apenas olhavam, outras ficavam uns momentos.
Do público cativo, havia, majoritariamente, homens. Mendigos, com seus cobertores, estavam fascinados com a apresentação teatral à sua frente.
Na foto, ao fundo, vê-se uma mulher de casaco verde, com a mão na boca. Ela foi um show à parte.
Cada vez que o personagem contava sobre sua dor, ela sofria junto.
Um homem a seu lado dizia a altos brados como era parecido com aquele que ali contava "sua história". Acreditavam mesmo que aquilo estava acontecendo.
É encantador ver o que a arte proporciona às pessoas.
Muito provavelmente foi a primeira experiência que muitos ali tiveram com a arte da representação.
E, certamente, mesmo que apenas em nível subconsciente, saíram transformados.

sábado, 18 de abril de 2009

Semana.

Essa semana foi foda.
Começou com algumas apostas e muito burburinho.
Metas, objetivos.
Testes.
Terminou em uma crise terrível de estresse.
Conversando no msn, vi o quanto fiz "tempestade em um copo d'água".
Talvez eu tenha sido injusta e visto as coisas do meu ponto de vista "tudo é exatamente como eu vejo/sinto".
Saldo positivo, ao menos.

sábado, 11 de abril de 2009

Confesso.

Confesso, tenho medo do comum.
Dos relacionamentos, dos pensamentos comuns.
Muitas vezes me vesti de comum para disfarçar.
Disse que sentia muito mais do que sentia.
Queria disfarçar a indiferença que vivia em mim.
Procurei por olhares, sorrisos, mas eu me escondia.
Tinha medo de descobrir ser comum;
Ou de que os outros descobrissem que eu era diferente.
Tantas diferenças mostradas no que eu era igual;
Tanta similaridade com o que eu não concordava...
Ingenuidade? Instinto de Sobrevivência?
O tão aclamado mais?
Sim! MAIS. Extraordinário! Mágico.
Esperar sempre que algo diferente acontecesse.
Que meu destino viesse me buscar, me tirar de onde eu tanto odiava.
Me mostrar outras pessoas.
Viver.
A vida não poderia, e eu não deixaria, que ela fosse apenas aquele dia-a-dia morno. Com algumas coisas se diferenciando.
Por que apenas algumas ?
Porque não podia ser tudo ?
Porque, porque falam tanto sobre se acostumar?
Eu sou obrigada a isso?
Não, mil vezes não!
Sentir a ansiedade de que algo aconteça, de que uma pessoa extraordinária pule em sua frente detrás de um poste, como o Coelho de Alice no País das Maravilhas e te faça rir em meio ao cenário cinza de monotonia em que tem vivido é angustiante.
Porém, aceitar que a vida não passa de trabalhar para outros ganharem dinheiro, sair com os amigos aos finais-de-semana, casar, ter filhos e etc...
É apavorante!
Ter que criar laços vitalícios quando se quer poder fugir quando quiser...
Eu não quero me acostumar.
Eu não quero ter que sorrir socialmente quando estou de mau-humor.
Sei que não posso criar um mundo exclusivo para mim, onde manipularei cada expressão e reação. E nem quero, daria muito trabalho.
Já que o esquema da vida está "estipulado" nas tais regras: trabalho, casa, comida, relacionamentos interpessoais...
Que pelo menos se trabalhe em algo que lhe dê prazer, more com quem você ama de verdade, coma apenas o que você gosta mesmo e não o que atura, e torça para encontrar alguém que valha a pena dividir seu tempo, e não procure alguém para ocupar o seu tempo.
Buscar por você em você e não nos outros.
Fugir do comum vivendo nele.
É esse o caminho que estou traçando.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Sociedade - Parte II

(...) Vivemos em um constante culto ao passado, onde "não se faz mais coisas como antigamente", "só somos felizes quando crianças", "tal poeta foi isso", "aquele músico do século passado é demais".
Ok, ok. Não estou tirando o valor deles, absolutamente.
A questão é que nos perdemos entre essa adoração ao passado e o medo do futuro e nos esquecemos do momento PRESENTE.
O ÚNICO momento no qual podemos mudar alguma coisa.
Podemos, sim, mudar essa sociedade, mudando a nós mesmos. Não nos permitindo viver uma vida do jeito que outras pessoas, a muitos anos atrás, acharam que era melhor.
Lutamos tanto para nos ajustarmos à "tal sociedade" por medo de não sermos aceitos se decidirmos ser nós mesmos, que condenamos quem não liga para a ditadura à qual nos submetemos, ainda que muitas vezes, inconscientemente.
É aí que nasce o preconceito. Não aceitamos que existem milhares de formas de viver a vida, e que ela é única para cada ser do mundo.

terça-feira, 31 de março de 2009

Sociedade - Parte I

Muito se diz sobre sociedade. Que ela impõe, cobra, é cruel, injusta, isso, aquilo...
Mas quem/o que é a sociedade?
Somos nós.
Quando falamos nela, frequentemente imaginamos pessoas em ternos e roupas chiques.
Errado.
A sociedade é do jeito que é porque fazemos/permitimos que ela se manifeste dessa forma.
Nos fizeram acreditar que somos parte de uma grande peça de teatro, onde os personagens são distribuídos antes de nascermos.
Você é o bonzinho, aquele lá será o malvadinho, esse é o rico e o outro o pobre...
Mas quem distribui esses papéis? Deus?
Acha mesmo que Ele é um diretor de teatro?
Ou uma Pessoa que gosta de brincar com marionetes?
Se você acredita em Deus, provavelmente acredita que Ele é Amor.
Sendo assim, qual o motivo para Ele querer que sejamos uma espécie de escravos?
Esses tais papéis são resquícios do que outros humanos pensaram antes de nós.
E só porque eles pensaram antes, estão mais certos do que nossos pensamentos de agora?

domingo, 29 de março de 2009

Vamos banir o monóxido de diidrogênio!

Porque banir o monóxido de diidrogênio (MDH)?
- o MDH contribui para o aquecimento global através do efeito estufa;
- é o principal componente da chuva ácida;
- grande responsável pela erosão do solo;
- acelera a corrosão de muitos metais;
- amostras da Antártica revelaram grandes quantidades de MDH, evidenciando o seu grande espalhamento global;
- encontrado na maioria dos tecidos cancerosos;
- vapores de MDH causam queimaduras graves;
- na forma sólida, se posto em contato prolongado com a pele, o MDH causa severos danos;
- responsável por grande parte dos curto-circuitos em aparelhos elétricos;
- quando em pequenas quantidades, sua detecção é dificultada pelo fato de ser incolor, inodoro e insípido.

Mesmo com todos esses perigos, o MDH é largamente utilizado na indústria! Seria isso parte de uma conspiração mundial? Sendo as indústrias negligentes em relação a esses perigos?

Alguns exemplos de utilização do MDH:
- usinas nucleares;
- em formas cruéis de pesquisas com animais;
- como solvente para muitos pesticidas;
- como retardante de fogo...





Em tempo: Monóxido de Diidrogênio é um dos nomes da Água.
Mas você já sabia, claro! :)


Fonte: http://www.humornaciencia.com.br/especiais/banir.htm

segunda-feira, 23 de março de 2009

Dia desses.

12:00h. O telefone toca.
"Hoje, às 19:30h tem um evento interessantíssimo, vamos?"
Evento interessante e importante pra mim.
Rota feita na internet.
Todas as rotas apontavam o mesmo lugar para parar e caminhar cerca de 7mins até o local.
Estranho, um shopping sem um ponto de ônibus perto?
Mas beleza, vamos lá.
Entro no ônibus e me dirijo direto ao cobrador:
Eu: - Por favor, preciso parar na rua João Al...
Cobrador: - Não conheço.
Olho para o itinerário acima dele e a rua que eu queria estava ali.
Eu: - Olha, é uma perto de tal shopping.
Ele: - Ah, a gente cruza essa rua, mas não tem nenhum shopping ali, não.
Eu, respirando fundo e resmungando um "obrigada", passei a catraca.
"Sujeitinho burro", pensei, afinal, a rota da internet não estaria errada.
Passamos perto de um shopping, perto da Marginal, onde ficava o Shopping que eu queria e perguntei pro cobrador:
Eu: - Que rua é essa?
Ele: - João Almeida.
Desci. A rua e um shopping.
19:15h.
Uma menina passava pela rua.
Eu: - Oi, como eu faço pra ir pro Shopping X, é aquele ali?
Ela: - Shopping X? É do outro lado da cidade, aquele ali é outro.
"Que coisa, não é possível", novo pensamento.
A rota. Vou segui-la e ver no que dá.
Rua acima, uma à direita, agora à esquerda:
Casas. Tudo escuro. Muitos carros. Ninguém na rua.
Um segurança, ótimo, um segurança!
Fui até ele e:
Eu: - Por favor, está acontecendo algum evento por aqui?
Ele: - Não.
Eu, já desesperançosa: - Sabe onde é o Shopping X?
Ele: - Do outro lado da cidade.
Eu, brava comigo mesma, com a rota e até com o mundo: - Obrigada. E onde tem um ponto de ônibus pra eu ir pra minha casa?
Sim, era 19:45h, mesmo sabendo que o evento terminaria às 21:00h e eu poderia chegar atrasada sem problemas, o que eu mais queria era sair daquele lugar, daquela situação que estava contra o que eu havia planejado, o que eu desejava.
Se fosse em outros tempos, eu teria simplesmente chamado um táxi e ido ao Shopping.
Mas era final de mês e a situação não estava das melhores.
Fui até uma praça ali perto, como indicado pelo segurança.
O ônibus apareceu e além de passar perto da minha casa, também passava pela rua onde teria um ônibus direto para o Shopping X.
Nessa hora, minha mãe, que me acompanhava, me perguntou:
Ela: - Você quer ir no evento?
Eu: - Quero muito.
Ela: - Então liga pro serviço da prefeitura e vamos.
Eu: - Mas vai dar tempo?
Ela: Mesmo que você chegue faltando meia hora, vamos!
Descemos do ônibus, liguei para o 156 da prefeitura e a mocinha:
- É só pegar o ônibus tal nesse mesmo ponto que você parou.
Olhei para a plaquinha de paradas e não tinha aquele ônibus ali.
Perguntei para uma pessoa que estava ali e:
Ela: - Sim, o ônibus passa aqui, mas não para, o ponto dele é ali embaixo; pra onde você quer ir?
Eu: - Shopping X.
Ela: - Mas esse shopping não existe! Está em fase de projeto ainda!
Respirei fundo.
Descemos a rua e o ônibus passou por nós.
Por sorte(!), logo após, chegou outro.
Chegamos lá às 20:30h e, mesmo assim, foi muito proveitoso (existe proveitosíssimo? (adoro usar "íssimos" em palavras x)~)).

O que aprendi com tudo isso:
1. Nunca, nunca acreditar cegamente em rotas feitas pela internet. Entrar em pelo menos 3 sites.
2. Alguns cobradores podem não ter mta certeza dos lugares por onde passam todos os dias, algumas pessoas podem dizer que o lugar para onde você quer ir não existe, algumas te mandarem para o lugar errado, mas ninguém está totalmente errado.
3. Mesmo com essas pessoas do item 2, se você quer realmente ir a um lugar, nada pode te impedir.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Dia.



Essa foi a imagem que iniciou meu dia.
Estava nublado hoje cedo e eu, como sempre, saindo um pouco atrasada. Aí olhei para o céu e o vi toodo cinza e uma bolinha ali no meio, mostrando que o sol estava ali.
Tãão lindo que eu tive que parar para tirar uma foto.
:D
E o dia foi bom!
:)

sábado, 7 de março de 2009

Caminho da vida.

Lendo meu fotolog, vi a quantidade de vezes que disse:
"Não quero te perder nunca", "nossa amizade nunca acabará" e etc...
Hoje vejo quantas dessas amizades "se perderam".
Quantos "eu te amo" estão jogados ao vento, gravados apenas naqueles antigos posts.
Quanta felicidade havia ali. Era quase palpável.
Quantos risos, zuações, shows, festas, reuniões...
Ninguém impôs nossa separação.
Simplesmente um começou a pensar diferente, um foi trabalhar, namoros invadiram o convívio.
E aquela amizade grudada diminuiu...
Sabemos que somos parecidos em alguma coisa, mas nossas diferenças parecem ser mais interessantes.
Sabemos quem são aquelas pessoas e onde estão.
Mas a hora é de procurar pessoas iguais à nós nestas tais diferenças.
Nos aventuramos para descobrirmos outras facetas de nossa personalidade. Aquelas já foram desvendadas e vividas.
Próximo round. Novas pessoas, descobertas, prazeres, paixões, relacionamentos.
Tudo aquilo foi verdadeiro, no momento. Como o presente está sendo e o futuro será.
E assim vamos vivendo.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Decepção.

Essa semana eu fiquei muito decepcionada.
Quer dizer, não aquela decepção-decepção.
É aquela do tipo: sabia que isso ia acontecer.
Então foi uma decepção por eu não querer que fosse verdade.
Algumas coisas de uns 3 anos atrás chegaram agora a mim.
Foi estranho. Primeiro veio a confusão, depois a raiva, doeu, mas depois, incrivelmente, veio o entendimento. E eu fiquei feliz. Não feliz-feliz, mas "não-triste", alegrinha.
Me fez pensar sobre verdade, falsidade e o chatíssimo e muito presente ultimamente, egoísmo.
Momentos não podem simplesmente serem apagados por causa de uma frase. Não mudou o que foi.
Continuou tendo a mesma importância. Pq, sim, foi verdade. Mesmo que a minha ótica tenha sido romantizada, não foi mentira.
Afinal, cada um tem seu ponto de vista, né?

segunda-feira, 2 de março de 2009

Post-propaganda.

Eu faço parte de um programa no Youtube chamado TV AM.
É um programa de variedades, cultura, arte, loucuras...
Todo dia 07, 17 e 27 do mês sai um novo vídeo, sendo que um é o oficial e o outro é dos extras. Estamos na quarta edição já!

TV AM 1: http://www.youtube.com/watch?v=LcO48yB8D4k
Extras 1: http://www.youtube.com/watch?v=aYZ5C-gxGKk
TV AM 2: http://www.youtube.com/watch?v=NlS_eYQUpqA
Extras 2: http://www.youtube.com/watch?v=Q10Y95SvTMY
TV AM 3: http://www.youtube.com/watch?v=EJ5NYSwQgd4
Extras 3: http://www.youtube.com/watch?v=r4JbE_LgNbQ
TV AM 4: http://www.youtube.com/watch?v=EnCk5i0XooI
Extras 4: http://www.youtube.com/watch?v=0DBX2Mkw-mU


Assistam, comentem, divulguem!

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Liberdade.

Sun Tzu disse, em A Arte da Guerra, no capítulo Manobras, pág. 57:

"31 - Deixar a um inimigo cercado, uma saída por onde fugir.

Tu Mu: Mostre-lhes haver um caminho para a segurança, criando-lhe a idéia de existirem possibilidades de escapar à morte. Somente depois se ataca.

Ho yen-hsi: "Quando uma cidade está cercada, é essencial demonstrar aos sitiados haver uma possibilidade de sobrevivência. Senão, para salvar a pele, lutarão até a morte, e atacar rebeldes decididos a combater até a morte não é um bom plano.""

Quantas vezes simplesmente não nos empenhamos tanto em algo apenas por sabermos ter outras opções?
É a acomodação, o resultado da falta de foco.

A liberdade, quando usada sem disciplina, se torna perniciosa.
Nos arruina pouco a pouco.
Sentimos medo de não conseguirmos o que realmente queremos, então, displicentemente, escolhemos algo que gostamos um pouco menos do que aquilo que nos faz realmente felizes. Assim, sempre temos a desculpa: "eu não queria, de verdade, isso" para o caso de fracassarmos.
Será que não é mais vergonhoso não nos respeitarmos tanto a ponto de nos boicotarmos do que um possível fracasso na busca pelo que realmente se quer?

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Mediocridade

Por um tempo da minha vida, convivi com a chamada "nata da sociedade".
Um tempo depois, tive que conviver com a classe mais baixa.
Em ambos os casos, eu odiava profundamente cada uma das pessoas com as quais convivia.
No primeiro caso era porque eles eram fúteis, só falavam em balada de segunda a segunda, não estavam nem aí para a vida, para nada...
No segundo, porque não valorizavam a vida, só falavam de baladas, futilidades...
Constatei, espantada, que o motivo era o mesmo.
Vê-se que tanto a abundância quanto a escassez de oportunidades ou de acesso à elas, gera o mesmo: acomodação.
Eles acreditam num determinismo absurdo de que devem viver espécies de personagens. Seguem apenas o fluxo da, assim chamada por eles, vida.
"Eu nasci assim, não vou mudar."
Os primeiros se formam por imposição dos pais, "na média" e herdam suas empresas; os segundos encontram um emprego fácil e mediano que dê para pagar o aluguel e algumas pequenas coisas a mais.
Eles seguem os padrões pré-determinados pela sociedade, onde as pessoas do grupo 1 serão, indefinidamente, patrões do grupo 2.
Ou seja, quantidade de dinheiro só difere o estilo de vida que terão, pois a mediocridade será a mesma.
Se dependesse dessas pessoas, desses dois grupos citados, ainda estaríamos morando em cavernas!
Não teria havido evolução alguma na espécie humana!
É revoltante ver que essas pessoas simplesmente não se importam com nada, vivem num mundo de ilusões, fazendo a mesma coisa todos os dias, não querendo aprender absolutamente nada, pois acreditam, piamente, estarem certos.
Frases como:
"Não preciso estudar, meu pai vai pagar minha faculdade"
"Faculdade? Não, eu não gosto de estudar."
"Ai, me ajuda, eu sou burra."
Demonstram o conformismo e desinteresse desmedido que têm.
A mediocridade paira sobre essas pessoas.

Como em ambas as classes há pessoas que não compartilham dessa mentalidade, pessoas que se interessam pela vida, pelo mundo, por si mesmas de um modo mais profundo, e até em uma mesma família há os dois tipos de mentalidade, indicando que educação e cultura não afetam o modo de pensar, a seguinte questão é levantada:
As pessoas, realmente, nascem assim? Fúteis, medíocres?
Para mim, eterna defensora da teoria "todos somos capazes", é uma questão que pesa no estômago.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Começo

Vou começar respondendo.
Eu e um amigo trocamos cartas e na sua última, ele me disse uma coisa que ainda não consegui responder. Por carta ficaria longo demais, por telefone e msn, inviável.
Será por aqui, então.
Eu mudei de cidade a um ano e muitos dos meus amigos continuam onde nasci.
Sempre falo para o T. que ele deve se mudar também, ao que ele me disse na carta: "Tenho medo de encontrar o verdadeiro T."
A minha resposta é que vale a pena.
Quando você sai do seu ninho, da sua zona de conforto, você realmente encontra coisas em você das quais não gosta, enfrenta coisas que esconde até de si mesmo, mas também se depara com uma força incrível.
É uma força que sai de você e também que vem de fora.
É uma sensação de respeito à vida e de respeito dela por você.
Dá medo, às vezes você se sente sozinho, perdido, olha à sua volta e não tem muitas pessoas conhecidas. Nessa hora você chora, reza, pensa em como estão as pessoas com as quais você convivia.
Dá saudade, até uma pontinha de vontade de estar lá.
Mas não, você olha pra você e vê como está melhor agora, mais maduro, mais você, sem máscaras, sem meias palavras, sem tentar agradar ninguém e a única sensação em relação às pessoas que você ama é a de que elas venham para onde você está.
Encontrar a si mesmo é maravilhoso depois que se transpassa a primeira barreira. Aí você não quer mais parar. O mais gera mais.
É uma das experiências mais importantes e valiosas da vida.
Algo que todo mundo deveria fazer.
É preciso muita coragem e muita fé, mas no fim, realmente, vale a pena.

Essa é a minha resposta. É o que até agora eu posso dizer sobre o assunto.