segunda-feira, 23 de março de 2009

Dia desses.

12:00h. O telefone toca.
"Hoje, às 19:30h tem um evento interessantíssimo, vamos?"
Evento interessante e importante pra mim.
Rota feita na internet.
Todas as rotas apontavam o mesmo lugar para parar e caminhar cerca de 7mins até o local.
Estranho, um shopping sem um ponto de ônibus perto?
Mas beleza, vamos lá.
Entro no ônibus e me dirijo direto ao cobrador:
Eu: - Por favor, preciso parar na rua João Al...
Cobrador: - Não conheço.
Olho para o itinerário acima dele e a rua que eu queria estava ali.
Eu: - Olha, é uma perto de tal shopping.
Ele: - Ah, a gente cruza essa rua, mas não tem nenhum shopping ali, não.
Eu, respirando fundo e resmungando um "obrigada", passei a catraca.
"Sujeitinho burro", pensei, afinal, a rota da internet não estaria errada.
Passamos perto de um shopping, perto da Marginal, onde ficava o Shopping que eu queria e perguntei pro cobrador:
Eu: - Que rua é essa?
Ele: - João Almeida.
Desci. A rua e um shopping.
19:15h.
Uma menina passava pela rua.
Eu: - Oi, como eu faço pra ir pro Shopping X, é aquele ali?
Ela: - Shopping X? É do outro lado da cidade, aquele ali é outro.
"Que coisa, não é possível", novo pensamento.
A rota. Vou segui-la e ver no que dá.
Rua acima, uma à direita, agora à esquerda:
Casas. Tudo escuro. Muitos carros. Ninguém na rua.
Um segurança, ótimo, um segurança!
Fui até ele e:
Eu: - Por favor, está acontecendo algum evento por aqui?
Ele: - Não.
Eu, já desesperançosa: - Sabe onde é o Shopping X?
Ele: - Do outro lado da cidade.
Eu, brava comigo mesma, com a rota e até com o mundo: - Obrigada. E onde tem um ponto de ônibus pra eu ir pra minha casa?
Sim, era 19:45h, mesmo sabendo que o evento terminaria às 21:00h e eu poderia chegar atrasada sem problemas, o que eu mais queria era sair daquele lugar, daquela situação que estava contra o que eu havia planejado, o que eu desejava.
Se fosse em outros tempos, eu teria simplesmente chamado um táxi e ido ao Shopping.
Mas era final de mês e a situação não estava das melhores.
Fui até uma praça ali perto, como indicado pelo segurança.
O ônibus apareceu e além de passar perto da minha casa, também passava pela rua onde teria um ônibus direto para o Shopping X.
Nessa hora, minha mãe, que me acompanhava, me perguntou:
Ela: - Você quer ir no evento?
Eu: - Quero muito.
Ela: - Então liga pro serviço da prefeitura e vamos.
Eu: - Mas vai dar tempo?
Ela: Mesmo que você chegue faltando meia hora, vamos!
Descemos do ônibus, liguei para o 156 da prefeitura e a mocinha:
- É só pegar o ônibus tal nesse mesmo ponto que você parou.
Olhei para a plaquinha de paradas e não tinha aquele ônibus ali.
Perguntei para uma pessoa que estava ali e:
Ela: - Sim, o ônibus passa aqui, mas não para, o ponto dele é ali embaixo; pra onde você quer ir?
Eu: - Shopping X.
Ela: - Mas esse shopping não existe! Está em fase de projeto ainda!
Respirei fundo.
Descemos a rua e o ônibus passou por nós.
Por sorte(!), logo após, chegou outro.
Chegamos lá às 20:30h e, mesmo assim, foi muito proveitoso (existe proveitosíssimo? (adoro usar "íssimos" em palavras x)~)).

O que aprendi com tudo isso:
1. Nunca, nunca acreditar cegamente em rotas feitas pela internet. Entrar em pelo menos 3 sites.
2. Alguns cobradores podem não ter mta certeza dos lugares por onde passam todos os dias, algumas pessoas podem dizer que o lugar para onde você quer ir não existe, algumas te mandarem para o lugar errado, mas ninguém está totalmente errado.
3. Mesmo com essas pessoas do item 2, se você quer realmente ir a um lugar, nada pode te impedir.

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