sábado, 20 de julho de 2013

Competitividade ou "Ter ou não ter"

Aonde o Homem aprendeu a se comparar tanto com o outro?


O stress, chamado de "mal do século", a depressão e todas essas doenças psicológicas "modernas" tem sido objeto de vários estudos e, algumas vezes, conteúdo de conversas de bar.
Pois bem, vivemos um colapso entre tudo o que conseguimos tecnologicamente  (a rapidez de nossa evolução da metade do século passado para esse) versus tradicionais burocracias e manias criadas antes de 1950.

Uma breve explicação da minha opinião em relação à educação/mentalidade humana:
- Em termos de cotidiano e educação/crenças morais, vejo este padrão:
     Fui ensinada pelos valores de alguém que nasceu em 1960, que recebeu os valores de quem nasceu em 1933, esta de 1912, de 1890, 1870 e por aí vai...
Puxando os anos, sabemos que os valores de 1500 até 1890 não mudaram tanto assim, ou em velocidade MUITO MENOR do que mudaram de 1960 pra cá.
Logo, seguimos como base, querendo ou não, os valores de 1500, ainda.
- Fim da explicação -

Acontece que as correntes sociais - capitalismo, socialismo, comunismo - trouxeram a COMPETITIVIDADE humana para o primeiro plano.
Tudo é uma comparação entre o que um tem e o que "falta" no outro.
"Eu sou mais inteligente"/"Te falta inteligência"
"Tenho mais dinheiro"/"Te falta condições"/"Você tem limitações para adquirir objetos"
E até as absurdas competitividades preconceituosas, em relação a negros e homossexuais, como se a pessoa que não "tem essa característica" fosse, de alguma forma, superior a eles.

Não, não é nenhuma novidade essa mania de querer ser superior.
A Bíblia é um livro com histórias para te dizer que você é superior se for bom e tiver caráter.
(Apesar de que eu acho que, se você é bom porque isso te faz melhor que os outros, você não é bom, é apenas egocentrado).

Mas eu acho que hoje em dia isso se generalizou tanto, numa busca por serem "um tipo" de ser humano, que acabou gerando o stress e a depressão na escala em que estão.

"Ter ou não ter", essa é a questão?
Pessoas escravizadas à ideia de que o que lhe "falta" determina seu fracasso na vida.
Mas FALTA mesmo? É um vazio, uma necessidade? Uma parte da pessoa?
Acreditar nisso é dizer que a pessoa só existe em sua plenitude se tiver tal objeto.
Objetos estes que mudam de semana para semana, com os lançamentos - óculos, TV's, carros, celulares...

Somos mais.
Somos alma, dança,
Somos nosso ritmo, o brilho no olhar quando vemos a pessoa amada,
Somos a batida do nosso coração.

Ora, se todos os objetos do mundo sumissem e voltássemos a morar na natureza, ainda existiríamos. Ou não!?
E o que importa nos humanos não é o que lhes "falta" ou o que quer que tenham, mas quem SOMOS!