quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Mediocridade

Por um tempo da minha vida, convivi com a chamada "nata da sociedade".
Um tempo depois, tive que conviver com a classe mais baixa.
Em ambos os casos, eu odiava profundamente cada uma das pessoas com as quais convivia.
No primeiro caso era porque eles eram fúteis, só falavam em balada de segunda a segunda, não estavam nem aí para a vida, para nada...
No segundo, porque não valorizavam a vida, só falavam de baladas, futilidades...
Constatei, espantada, que o motivo era o mesmo.
Vê-se que tanto a abundância quanto a escassez de oportunidades ou de acesso à elas, gera o mesmo: acomodação.
Eles acreditam num determinismo absurdo de que devem viver espécies de personagens. Seguem apenas o fluxo da, assim chamada por eles, vida.
"Eu nasci assim, não vou mudar."
Os primeiros se formam por imposição dos pais, "na média" e herdam suas empresas; os segundos encontram um emprego fácil e mediano que dê para pagar o aluguel e algumas pequenas coisas a mais.
Eles seguem os padrões pré-determinados pela sociedade, onde as pessoas do grupo 1 serão, indefinidamente, patrões do grupo 2.
Ou seja, quantidade de dinheiro só difere o estilo de vida que terão, pois a mediocridade será a mesma.
Se dependesse dessas pessoas, desses dois grupos citados, ainda estaríamos morando em cavernas!
Não teria havido evolução alguma na espécie humana!
É revoltante ver que essas pessoas simplesmente não se importam com nada, vivem num mundo de ilusões, fazendo a mesma coisa todos os dias, não querendo aprender absolutamente nada, pois acreditam, piamente, estarem certos.
Frases como:
"Não preciso estudar, meu pai vai pagar minha faculdade"
"Faculdade? Não, eu não gosto de estudar."
"Ai, me ajuda, eu sou burra."
Demonstram o conformismo e desinteresse desmedido que têm.
A mediocridade paira sobre essas pessoas.

Como em ambas as classes há pessoas que não compartilham dessa mentalidade, pessoas que se interessam pela vida, pelo mundo, por si mesmas de um modo mais profundo, e até em uma mesma família há os dois tipos de mentalidade, indicando que educação e cultura não afetam o modo de pensar, a seguinte questão é levantada:
As pessoas, realmente, nascem assim? Fúteis, medíocres?
Para mim, eterna defensora da teoria "todos somos capazes", é uma questão que pesa no estômago.

Um comentário:

  1. realmente, quando digo que somos "raros", vc entende o que eu quero dizer.

    :*

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