sexta-feira, 24 de abril de 2009
Arte e vida.
Hoje,depois do trabalho, passeei um pouco pelo centro.
Uma leve garoa caía na cidade.
Ali na Praça do Correio tinha um aglomerado de pessoas. Teatro de rua. Imediatamente fui atraída para lá, claro.
O Grupo Pombas Urbanas apresentava "A história de uma dor de dente".
Engraçada representação de um camelô e suas peripécias.
Mas o que mais chamou minha atenção foi o público.
Algumas pessoas apenas olhavam, outras ficavam uns momentos.
Do público cativo, havia, majoritariamente, homens. Mendigos, com seus cobertores, estavam fascinados com a apresentação teatral à sua frente.
Na foto, ao fundo, vê-se uma mulher de casaco verde, com a mão na boca. Ela foi um show à parte.
Cada vez que o personagem contava sobre sua dor, ela sofria junto.
Um homem a seu lado dizia a altos brados como era parecido com aquele que ali contava "sua história". Acreditavam mesmo que aquilo estava acontecendo.
É encantador ver o que a arte proporciona às pessoas.
Muito provavelmente foi a primeira experiência que muitos ali tiveram com a arte da representação.
E, certamente, mesmo que apenas em nível subconsciente, saíram transformados.
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Por isso que amo esta arte
ResponderExcluirPor isso que amo esta cidade
Minha analista costumava dizer que as transformações definitivas acontecem de fora pra dentro. O que quer dizer, pra mim, que se essas pessoas saíram transformadas, mesmo que apenas em nível subconsciente, já há algum progresso.
ResponderExcluirMe avise quando a revolução estourar. Quero estar presente.
De qualquer forma, não consegui identificar muito bem a tal mulher de verde, ao fundo. Talvez, seja miopia, apenas. Talvez seja o fato de que eu ache aquela pessoa de verde mais parecida com um homem, e tals.
Anteontem, eu caí de bicicleta.
ResponderExcluirNão sei o por quê, mas eu precisava compartilhar essa informação.